O creme é composto por 0,1% de tacrolimus, um medicamento anti-inflamatório amplamente utilizado no tratamento de doenças da pele.
Além do creme, os cientistas também avaliaram a formulação em gel, mas o creme apresentou melhor absorção e estabilidade, o que significa que o produto é melhor aproveitado durante o tratamento.
Para criar esses produtos – gel e creme – foram executados três processos distintos: primeiro foi desenvolvida a formulação, em seguida, foram realizadas análises dos componentes da fórmula do tacrolimus e, por fim, os produtos foram testados em ratos de laboratório.
Muito receitado por médicos para outras doenças de pele, o medicamento vem sendo testado, sob diferentes formulações, por várias pesquisas.
“A equipe realizou diversos estudos para avaliar o novo produto que pretendemos que seja mais confortável para a pele dos pacientes e mais acessível”, explica Zaida Freitas, farmacêutica e pesquisadora do programa de pós-graduação da UFRJ.
Outras soluções disponíveis no mercado são pomadas e podem ser gordurosas e difíceis de espalhar.
Assim, segundo a pesquisadora, “a solução desenvolvida é mais eficiente por ser lavável e de fácil aplicação. Além disso, pode ser reaplicada várias vezes, seguindo a indicação médica, promovendo assim, a continuidade do uso pelo paciente e melhora no tratamento”, frisa Freitas.
Segundo a pesquisadora, para dar continuidade aos resultados atuais, será imprescindível estabelecer uma colaboração com o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e selecionar um grupo de voluntários que apresentem doenças de pele específicas.
“Seria muito importante a realização de testes em pessoas que precisam deste produto, pois traria novos dados sobre os assuntos e nos aproximaria mais da realidade”, finaliza.
Deu em Galileu