Turismo 16/09/2023 07:36
Pesquisa da UFRN analisa Natal como destino turístico inteligente
Estratégia de valorização do destino prevê melhor aproveitamento dos atrativos naturais e culturais.
Vários aspectos comportamentais da nossa vida em sociedade estão mudando em função da tecnologia, e o turismo, como parte do fenômeno, também está sendo influenciado pelo desenvolvimento de novas tecnologias.
Por isso, a necessidade de analisar e reavaliar os modelos de gestão e administração de cidades e destinos turísticos, bem como propriamente da atividade turística, se tornou tão necessária.
Essa necessidade foi um dos motivos que incentivaram o aluno do doutorado do Programa de Pós-Graduação em Turismo (PPGtur/CCSA) da UFRN Ralyson Adyson Marques da Costa Soares a desenvolver um estudo nesta direção.
A pesquisa, intitulada Análise do destino Natal/RN nas perspectiva sistêmica dos destinos turísticos inteligentes, foi produzida por Ralyson como trabalho de conclusão do curso de Mestrado em Turismo do Programa de Pós-graduação em Turismo (PPGTur) da UFRN, sob orientação do professor Luiz Mendes Filho, do Departamento de Turismo (Detur).
Ralyson explica na pesquisa que um Destino Turístico Inteligente (DTI) é aquele que pensa o turismo em sua totalidade, envolvendo todos os atores no processo de decisão, bem como pressupõe ter uma estratégia de valorização do destino mediante o melhor aproveitamento dos atrativos naturais e culturais, a criação de recursos inovadores e a melhoria na eficiência nos processos de produção e distribuição.
“O desenvolvimento dos destinos turísticos inteligentes está intrinsecamente relacionado com o desenvolvimento das cidades inteligentes. Esse modelo de gestão surgiu na Europa e vem sendo aplicado em diversos outros países por meio da adaptação do modelo ou o desenvolvimento do próprio modelo de DTI”, esclarece Ralyson.
O pesquisador diz que, atualmente, o Brasil já fomenta iniciativas que buscam desenvolver a inteligência dos destinos, pois desde 2021 o país desenvolveu a sua própria política de desenvolvimento e gestão para DTIs.
“Os modelos de DTI envolvem alguns pilares que precisam ser desenvolvidos para que se alcance a inteligência do destino, tais pilares são: governança, sustentabilidade, inovação, acessibilidade, tecnologia, marketing, segurança, sistemas de informação, etc.”, diz Ralyson.
Cidade inteligente, turismo inteligente
A publicação esclarece que conforme a tecnologia é incorporada em uma cidade como Natal, por exemplo, e utilizada para solucionar problemas urbanos com maior eficiência, há o favorecimento do visitante daquele destino, já que este também utiliza da infraestrutura física e tecnológica da cidade, tendo uma melhor experiência.
Os chamados DTIs buscam fazer uso das tecnologias para melhorar a experiência do turismo, oferecendo condições ao visitante de conhecer os serviços ofertados na destinação, proporcionando condições aos gestores de realizar ações e tomar decisões baseadas nas informações produzidas pelos visitantes, trazendo mais benefícios para ambas as partes.
“O setor de turismo vem sofrendo contínuas transformações, principalmente após a pandemia de covid-19, que trouxe outros olhares para a gestão dos destinos e a mudança do perfil do consumidor. É necessário que as cidades invistam no desenvolvimento sustentável, criativo e inovador para alcançar a competitividade, principalmente em relação ao uso de tecnologia para solução de problemas urbanos com maior eficiência”, ressalta Ralyson.
Prêmio Mestre destaque
Por esta pesquisa, Ralyson está concorrendo ao prêmio Mestre Destaque 2023 da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo (Anptur)
O trabalho já é considerado um dos seis melhores do país, por ter sido pré-selecionado pelos avaliadores da Anptur, que são egressos de programas de pós-graduação filiados à associação.
O resultado deve ser divulgado no próximo dia 20, durante a realização do 20° Seminário da Anptur, que acontece em Niterói/RJ, entre os dias 20 e 22 de setembro.
Após a entrega da dissertação, a pesquisa de Ralyson continua por mais quatro anos para a construção da tese de doutorado:
desta vez focando em outras esferas do turismo inteligente, como a análise da percepção dos turistas que utilizam soluções digitais para melhorar a experiência turística em todos os processos da viagem (antes, durante e após).
Deu no Portal da UFRN
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