Política 19/07/2023 08:24
As diferenças entre as versões de Moraes e dos suspeitos de agressão em Roma
Depoimentos do casal acusado de agressão a Alexandre de Moraes e seu filho no aeroporto de Roma divergem da versão dada por ministro
Os depoimentos colhidos pela Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (18/7) só aumentaram as divergências entre o relato do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a versão do casal Andréia Munarão e Roberto Mantovani Filho, suspeito de hostilizar o magistrado e agredir fisicamente o filho dele no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14/7).
Na delegacia da PF em Piracicaba, no interior de São Paulo, o casal negou ter ofendido o ministro e disse que houve um “entrevero” com o filho dele, que também se chama Alexandre, sem agressão física.
As versões divergem não somente em relação à intensidade da briga, como também quem a começou e local em que ela ocorreu dentro do aeroporto.
Essas divergências só devem ser esclarecidas com as imagens registradas pelas câmeras do circuito interno do aeroporto, que já foram entregues à Interpol e devem chegar ao Brasil nesta quarta-feira (19/7).
A seguir, o Metrópoles detalha os principais pontos conflitantes entre a versão do ministro Alexandre de Moraes e os depoimentos de Andréia e Roberto Mantavoni, segundo o advogado do casal.
Na representação feita à PF solicitando a investigação do caso, o ministro Alexandre de Moraes afirma que
Andréia Munarão se aproximou dele na área de embarque o chamando de “bandido, comunista e comprado”, o que teria dado início à confusão.
Segundo o magistrado, Roberto Mantovani chegou em seguida gritando ao lado da mulher e acabou agredindo seu filho. Momentos depois, de acordo com o relato, Andréia e o genro dela, Alex Zanatta, teriam cruzado novamente com a família do ministro na entrada da sala VIP do aeroporto e proferido mais ofensas.
Andréia, Mantovani e Zanatta, que já prestaram depoimento à PF, negam essa versão. Segundo o advogado Ralph Tórtima, seus clientes afirmam que Moraes foi hostilizado por outras pessoas e que Andréia apenas reclamou de um suposto “privilégio” dado ao ministro por acreditar que ele estava furando a fila da sala VIP.
Segundo a defesa do casal, foi nessa hora que o filho do ministro do STF começou a proferir “ofensas bastante pesadas” a Andréia, o que teria motivado o marido Roberto Mantovani a interferir para defendê-la, afastando o jovem da esposa.
Andréia, Mantovani e Zanatta, que já prestaram depoimento à PF, negam essa versão. Segundo o advogado Ralph Tórtima, seus clientes afirmam que Moraes foi hostilizado por outras pessoas e que Andréia apenas reclamou de um suposto “privilégio” dado ao ministro por acreditar que ele estava furando a fila da sala VIP.
Segundo a defesa do casal, foi nessa hora que o filho do ministro do STF começou a proferir “ofensas bastante pesadas” a Andréia, o que teria motivado o marido Roberto Mantovani a interferir para defendê-la, afastando o jovem da esposa.
Alexandre de Moraes relatou à PF que quando Roberto Mantovani entrou na discussão ao lado de Andréia ele empurrou seu filho e deu um tapa em seus óculos, que teriam caído no chão.
Em seguida, outras pessoas intervieram e ajudaram a acabar com a confusão. Somente no segundo bate-boca que teria ocorrido na entrada da sala VIP que o ministro fotografou os suspeitos e disse que eles seriam processados no Brasil.
Na versão do casal, segundo o advogado, Mantovani entrou na discussão para pedir para que o filho do ministro parasse de ofender sua esposa.
De acordo com ele, o empresário segurava uma salada de frutas com uma mão e “afastou com os braços” o advogado Alexandre Barci de Moraes, de 27 anos. Nas palavras do advogado, não houve empurrão e nenhum óculos caiu no chão.
Outra divergência está relacionada ao local onde teria ocorrido as ofensas e a agressão física.
Segundo o relato do ministro, o xingamento de Andréia e a agressão de Mantovani a seu filho ocorreram na área de embarque do aeroporto, no primeiro encontro entre as famílias.
Posteriormente, eles teriam se encontrado na entrada da sala VIP, quando o casal teria hostilizado o magistrado novamente.
Na versão de Andréia e Roberto Mantovani, os dois momentos de discussão ocorreram na entrada da sala VIP, que fica em um andar diferente no aeroporto, segundo a defesa.
Para o advogado Ralph Tórtima, essa divergência evidencia “o engano interpretativo” por parte do ministro, “o que torna claro que as pessoas que eventualmente o ofenderam ou cercearam seu deslocamento são outras”.
Caso a versão do ministro Alexandre de Moraes seja confirmada pelas imagens do circuito interno do aeroporto de Roma, os três possíveis agressores — o casal Andréia e Roberto Mantovani e o genro Alex Zanatta — podem ser indiciados por crimes contra a honra, agressão e atos antidemocráticos. A pena é de até 8 anos de prisão.
Deu em Metrópoles
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