Embora os fragmentos de cascas sejam achados relativamente comuns em escavações de sítios antigos, a descoberta de um ovo completo é extremamente incomum.

Segundo a arqueóloga Lee Perry Gal, especialista em aves domésticas do mundo antigo, galinhas foram domesticadas no sudeste da Ásia há aproximadamente 6 mil anos, mas levou um tempo para que se tornassem parte da alimentação humana.

Inicialmente, elas eram usadas para outros fins, como brigas de galo, além de serem

consideradas animais belos e exibidos em zoológicos antigos ou servindo como presentes para membros da realeza.

Porém, essa descoberta não é a única notícia interessante sobre os galiformes antigos.

Pesquisadores que examinaram ossos de aves de aproximadamente 3 mil anos encontrados na Grã-Bretanha descobriram que, naquela época, as galinhas viviam cerca de 2 a 4 anos.

Um tempo muito maior do que a vida de suas descendentes, composto de apenas 33 a 81 dias nos sistemas modernos de criação industrial.

As evidências recentes e anteriores reforçam a ideia de que a criação de animais no

passado tinha objetivos que iam além do consumo alimentar.

Eles eram frequentemente criados por razões sagradas ou de entretenimento, e não apenas para servir como comida.

Essas práticas estão enraizadas em tradições antigas, como os britânicos mencionados por Júlio César, que consideravam contra a lei divina comer lebre, galinha ou ganso, embora criassem esses animais para seu próprio prazer ou divertimento.