Saúde 16/05/2023 06:10

Dor no ombro: especialista chama atenção para causas e alerta para riscos de diagnóstico por exames de imagem

Esse tipo de problema pode afastar pessoas das suas atividades profissionais, em média, por 27 dias.

A dor no ombro é a terceira queixa mais comum entre os pacientes que procuram clínicas de fisioterapia.

Esse tipo de problema pode afastar pessoas das suas atividades profissionais, em média, por 27 dias.

Se for necessário um tratamento cirúrgico, o tempo é ainda maior, de acordo com um estudo publicado pela Danish Medical Journal, em 2021, uma publicação da Associação Médica Dinamarquesa.

Diante disso, é necessário um diagnóstico preciso sobre as causas da dor para a realização de um tratamento eficaz.

De acordo com o fisioterapeuta Jorge Ivan Nogueira, do Centro Vitta, costuma-se apontar a fraqueza dos músculos da região como a causa do problema, porém é importante entender o porquê dessa fraqueza.

A localização da dor pode indicar uma possível causa. Dentre as mais comuns, estão as disfunções em nível de coluna cervical (pescoço), que podem provocar fraqueza nos músculos do ombro ou mesmo dor reflexa.

O especialista em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia Hospitalar e Ambulatorial pela UNIFESP também explica que alguns hábitos podem ocasionar disfunções na região cervical e provocar a dor no ombro. Entre eles, a manutenção do pescoço em flexão por tempo prolongado.

“Isso é comum na hora de assistir TV, ver celular ou ler deitado com dois travesseiros sob a cabeça ou apoiado na cabeceira da cama, deitar-se com a cabeça apoiada no braço do sofá, realizar atividades que mantenham a cabeça baixa ou ficar olhando para baixo por tempo prolongado”, enumerou.

Executar exercícios para membros superiores de forma errada, sem orientação ou supervisão de profissionais de Educação Física, e até mesmo o momento de vida que o indivíduo está passando, que lhe causa grande estresse emocional, também podem estar relacionados ao problema.

*Exames de imagem*

O diagnóstico correto sobre a dor no ombro é o mais importante para a realização do tratamento, para definir a melhor estratégia de abordagem terapêutica, precedida de uma avaliação com exame físico e de uma boa conversa com o paciente.

Mas é necessário um alerta: o que mais leva ao tratamento equivocado é o diagnostico feito a partir de exames de imagens, como ultrassonografia e ressonância nuclear magnética. Segundo Jorge Ivan, as alterações apresentadas nesses exames podem ser secundárias a algum outro problema ou compatíveis com a faixa etária.

“Os exames de imagem mostram apenas alterações teciduais, como: tendinopatias, rupturas de tendão, bursite, artrose etc. Tudo isso pode ser apenas consequência. Por isso, tratar pensando apenas na alteração do tendão ou na ruptura deles pode ser um equívoco”, assegurou.

*Tratamento*

De acordo com o fisioterapeuta, nenhum tratamento pode renunciar à educação do paciente a respeito dos seus problemas e do porquê deles.

Ele explica que muitos respondem bem com apenas abordagens terapêuticas para o pescoço, técnicas de manipulação e/ou exercícios específicos para essa região.

Em outros casos, será necessário uma intervenção para o pescoço, técnicas para os desequilíbrios musculares da região do ombro, que não se tratam necessariamente de exercícios para fortalecimento muscular, mas, sim, para reeducação da musculatura e dos movimentos.

A associação do Método McKenzie, utilizado pelo Centro Vitta, com exercícios de estabilização segmentar e dinâmica e educação do paciente é o que há de mais eficiente para o tratamento das dores nos ombros.

A metodologia é composta por um sistema completo de avaliação, tratamento e prevenção, que se baseia numa filosofia de envolvimento ativo do paciente. Uma abordagem confiável, usada por profissionais e pacientes no mundo inteiro para problemas na coluna, pescoço e extremidades.

O Centro Vitta fica localizado na rua Leonardo Drummond, 1610, Lagoa Nova. O telefone para contato é (84) 3206-3327. Mais informações pelo endereço eletrônico centrovitta.com.br ou pelo perfil @centrovittanatal nas redes sociais.

Fonte e foto: Assessoria

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista