Comportamento 07/04/2023 11:15

Com 105 esposas, norte-americano foi o maior bígamo de todos os tempos

Giovanni Vigliotto usou matrimônios para aplicar golpes; no total, ele se casou em 27 estados diferentes dos EUA e em outros 14 países, sem nunca se divorciar

Enquanto em algumas culturas a bigamia é permitida, em outros, como Estados Unidos e o Brasil, casar-se com outro parceiro ainda mantendo o primeiro matrimônio é considerado um crime.

Contudo, isso não foi suficiente para impedir que Giovanni Vigliotto tivesse mais de 100 esposas simultaneamente ao longo de sua vida. O feito, ainda que criminoso, rendeu ao homem um lugar no “Livro dos Recordes“.

Entre 1949 e 1981, o norte-americano se casou com 105 mulheres em 27 estados dos EUA e em outros 14 países, sem nunca se divorciar. A motivação principal, no entanto, não era simplesmente o amor, e sim uma tática para roubos e fraudes. Ele conquistava as vítimas e as pedia em casamento, e depois ia embora levando dinheiro e pertences de suas esposas.

A maioria das mulheres nunca chegaram a conhecê-lo, pois antes que isso ocorresse, ele já as abandonava. Para cada casamento, ele usou uma identidade falsa diferente, e Giovanni Vigliotto foi uma delas.

O criminoso estava usando esse nome quando se casou com sua penúltima esposa, Sharon Clark. Mas não foi o único, segundo apurado pelo Guinness World Records: Vigliotto usou cerca de 50 pseudônimos, entre eles Frederick Jipp, John Mendoza e John Briccione.

O bígamo dizia às mulheres que morava longe e pedia para que elas empacotassem todos os seus pertences para se juntarem a ele. Depois que elas faziam as malas, Vigliotto levava tudo em um caminhão de mudança, para nunca mais ser visto.

Ele vendia os itens roubados em bazares de rua, onde simultaneamente procurava novas vítimas em potencial. Apesar de várias denúncias às autoridades, o homem nunca era pego.

Giovanni Vigliotto was sentenced to 34 years in prison for fraud and bigamy in 1983. He had he had swindled 105 wives out of their earthly possessions to sell at flea markets across the US.

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Os golpes tiveram um fim quando Sharon Clark, gerente de um bazar e penúltima esposa do trapaceiro, decidiu encontrá-lo por conta própria. Ela o localizou na Flórida, seis meses depois do casamento, onde as autoridades o prenderam em 28 de dezembro de 1981. Nessa época ele já havia encontrado outra vítima, Patrician Ann Gardiner, com quem já estava casado.

Romance perigoso

Vigliotto foi detido no Arizona por um ano, antes de ser levado a julgamento. Um mês antes de sua primeira aparição no tribunal, ele foi visitado e entrevistado na prisão por Tom Fitzpatrick, repórter vencedor do Prêmio Pulitzer.

Na conversa, o criminoso se defende dizendo que, na maioria dos casos, as mulheres faziam os pedidos de casamento — e que, diferentemente dos outros homens, ele era mais romântico e cortês, daí o motivo das inúmeras conquistas.

“Se o resto dos homens nos Estados Unidos não tratam as mulheres dessa maneira, sinto muito pelas mulheres deste país. Não é de admirar que tantas delas estivessem ansiosas para se casar comigo”, disse ele.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista