O conselho da cidade de São Francisco desistiu, por ora, de usar “robôs assassinos” na luta contra o crime, surpreendentemente votando contra a proposta que havia aprovado há uma semana.
A votação, que originalmente deveria ser uma formalidade, foi um revés inesperado, já que o conselho havia autorizado o uso de máquinas letais como “último recurso” em situações muito perigosas.
– Apesar de algumas preocupações éticas, na semana passada apoiei a legislação, mas tenho me sentido mal com isso nos últimos dias. Não acho que robôs armados e controlados remotamente nos garantirão segurança – disse um membro do conselho de supervisores, órgão do governo que exerce as funções de conselho municipal.
O uso desses robôs com poder letal é defendido pelo Departamento de Polícia de São Francisco em casos específicos como tiroteios, ataques suicidas ou outros tipos de situações violentas.
A intenção por trás do projeto polêmico é não colocar em risco a vida dos policiais.
A cidade já tem uma pequena frota de robôs que entram em cena em casos específicos como ameaças com explosivos.
No entanto, o projeto levantou polêmica entre os cidadãos que, apesar de reclamarem do aumento da criminalidade nos últimos meses, temem que ela dê lugar a cenários distópicos semelhantes aos vistos no filme “O Exterminador do Futuro” ou na série de sucesso da Netflix “Black Mirror”.
Um protesto precedeu a reunião de ontem no centro do poder de São Francisco e o conselho decidiu, por unanimidade, que o projeto precisa ser reavaliado e merece novos ajustes para sua implementação.
Outras regiões dos Estados Unidos, como o estado do Texas, já utilizam este tipo de robô. Em 2016, a polícia de Dallas usou um deles, armado com explosivo C-4, para matar um atirador que havia assassinado cinco policiais.
Na operação, um robô conhecido como Marcbot, operado por controle remoto, carregou o explosivo que matou Micah Johnson, o jovem de 25 anos que atacou os policiais.
Deu em Yahoo