Brasil 13/09/2022 11:30

Estados do Nordeste registram piora no Ranking de Competitividade do CLP. Veja o RN

Piauí foi o que mais perdeu posições, enquanto a Paraíba ficou como o mais bem colocado da região, avançando duas posições em relação ao ano passado

Quatro dos nove estados do Nordeste tiveram uma queda no Ranking de Competitividade dos Estados de 2022, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a startup Seall. Outros dois se mantiveram estáveis, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (13).

A Paraíba foi a que teve melhor desempenho e é o representante do Nordeste mais bem colocado (12ª), ao avançar duas posições em relação a 2021.

Rio Grande do Norte subiu duas posições (20ª) e Bahia ficou uma posição acima (17ª).

O Ceará, que é o segundo melhor colocado no ranking da região e 13º no geral, perdeu uma posição. Alagoas também perdeu um posto, caindo para 14° lugar. Piauí e Maranhão perderam cinco e três colocações, respectivamente, e estão no final do ranking geral em 25º e 26º lugares.

Na décima primeira edição consecutiva do Ranking de Competitividade dos Estados, a avaliação das 27 unidades federativas com base em 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

Além disso, o levantamento conta com camadas adaptadas aos parâmetros ESG e ODS, e também com dados internacionais dos países membros da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Desta forma, se mede o tamanho do desafio dos estados sob a ótica internacional buscando-se boas práticas que possam ser aplicadas ao Brasil.

Veja o resultado completo!

Confira abaixo

Paraíba

A Paraíba foi o estado mais bem colocado (12ª) da região Nordeste, ao avançar duas posições em relação a 2021.

Contribuiu para este desempenho a melhoria em quatro pilares. O estado subiu sete posições em Inovação (5º); cinco posições em Capital Humano (20º) e Eficiência da Máquina Pública (18º); e mais três colocações em Solidez Fiscal (13º).

O estado voltou a perder posição no pilar de Sustentabilidade Ambiental, caindo um nível (18º lugar), e duas posições em Potencial de Mercado (27º).

Ceará

O estado caiu uma posição, figurando agora na 13ª colocação. Com isso, perdeu o posto de mais bem colocado do Nordeste. Contribuiu para a piora de posição do Estado a queda de três posições em dois pilares: Sustentabilidade Ambiental (14º) e Sustentabilidade Social (17º).

Por outro lado, em Capital Humano (12º) e em Potencial de Mercado (17º), o Estado melhorou quatro posições. Subiu também duas posições em Infraestrutura e em Inovação. Em Educação melhorou uma colocação passando para 4º lugar neste pilar.

Alagoas

O estado de Alagoas perdeu um posto, caindo para 14°lugar no ranking geral de 2022. Contribuiu para o pior desempenho, a queda de seis posições em Capital Humano (11º) e quatro posições em Eficiência da Máquina Pública (20º). Também perdeu uma posição nos pilares Infraestrutura (11º) e Segurança Pública (12º).

Alagoas, no entanto, registrou melhora em Sustentabilidade Ambiental, subindo sete posições neste pilar e ficando em 11º lugar no ranking geral. Também subiu três posições em Sustentabilidade Social (19º). Mas é no pilar Solidez Fiscal que o estado tem seu melhor desempenho no ranking geral. Alagoas ocupa a terceira posição depois de ganhar dois colocações em 2022.

Pernambuco

O estado se manteve na mesma posição de 2021, mantendo a 15ª colocação. Pernambuco melhorou cinco posições no pilar Potencial de Mercado (11º) e no de Eficiência da Máquina Pública (10º). Também melhorou duas colocações em Capital Humano, ficando em 7º lugar no ranking geral.

No entanto, o desempenho no pilar Infraestrutura caiu três posições, para 12º lugar. Pernambuco ainda perdeu duas posições em Sustentabilidade Ambiental (16º) e em Educação (13º).

Bahia

O estado subiu uma colocação em relação ao ano passado, para 17ª no Ranking Geral. A Bahia conseguiu melhorar oito posições no pilar Solidez Fiscal, ficando em 4º lugar em todo País. Em 2021, o estado tinha perdido quatro posições neste quesito. Também subiu sete posições no pilar Capital Humano (10º). Por outro lado, perdeu quatro posições em Sustentabilidade Ambiental (17ª colocação) e quatro em Eficiência da Máquina Pública (24ª colocação). Ainda perdeu duas colocações em Sustentabilidade Social, caindo para 21º lugar no ranking geral.

Rio Grande do Norte

O estado recuperou as duas posições que havia perdido em 2021 e voltou a ocupar o 20º lugar. Pesou para o resultado o ganho de posições em seis dos 10 pilares. As melhoras mais relevantes aconteceram nos pilares Eficiência da Máquina Pública (15º) e Infraestrutura (10º), nos quais subiram 3 posições em cada um.

O estado apresentou piora em Capital Humano, com a perda de três posições, caindo para 24º lugar no ranking geral. O principal desafio do estado está no pilar de Solidez Fiscal, no qual perdeu duas posições e ficou em último lugar no país (27º). Também perdeu duas colocações em Educação (18º) e uma posição em Sustentabilidade ambiental (24º).

Sergipe

O estado conseguiu se manter na mesma posição de 2021, na 21ª colocação no Ranking. No entanto, teve melhora em apenas três pilares: Educação (15º), Inovação (13º) e Segurança Pública (17º). Sergipe manteve estabilidade no pilar Potencial de Mercado. Estes dados positivos compensaram a queda nos demais quesitos. Em Capital Humano (26º) e Eficiência da Máquina Pública (17º) foram perdidas quatro posições. Em Infraestrutura (15º) e em Solidez Fiscal (17º) foram registradas queda de três colocações.

Maranhão

Neste ano, o estado perdeu três posições, passando para a 26ª colocação, penúltimo lugar no ranking geral e o pior resultado da Região Nordeste. O Maranhão conseguiu melhorar apenas em um dos dez pilares: o de Inovação, subindo sete posições (18º). Teve estabilidade em Sustentabilidade Ambiental, Capital Humano e Sustentabilidade Social. Nos demais pilares, registrou queda de desempenho, sendo o pior em solidez fiscal, no qual caiu quatro posições e ficou em 23º lugar no ranking geral.

Piauí

O Piauí foi o que mais perdeu posições entre os estados do Nordeste. Caiu do 20º lugar em 2021 para a 25º nesta edição. Contribuiu para este desempenho a queda em sete pilares.

O pior resultado foi em Solidez Fiscal, no qual perdeu 10 lugares, caindo para 19ª posição no ranking total. Em Potencial de Mercado houve uma queda de oito posições, para 23ª posição.

O estado, no entanto, subiu três posições em Educação, atingindo a 11º lugar no ranking geral.

O Ranking de Competitividades dos Estados é realizado há onze anos pelo CLP (Centro de Liderança Pública). Na edição 2022, as 27 unidades federativas foram avaliadas a partir de 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

Fonte: Assessoria

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista