Ministério Público 07/08/2022 10:00

Ministério Público tem uma boa ideia e uma péssima aplicação

Objetivo é identificar prioridades da população em relação à atuação ministerial e o grau de conhecimento da sociedade em relação ao papel do Ministério Público. Boa a ideia, péssima a aplicação.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deu início à aplicação de pesquisa de imagem junto à população potiguar.

A pesquisa foi realizada em todo o território estadual até o dia 5 de agosto.

“A pesquisa de imagem do MPRN é um instrumento estratégico para mensurar o quanto a sociedade conhece sobre a atuação do Ministério Público, identificar que canais disponibilizados estão sendo mais acessíveis ao cidadão, bem como buscar um estreitamento da relação com a sociedade”, explica a Procuradora-Geral de Justiça Elaine Cardoso de Matos Novais Teixeira.

Por meio dessa pesquisa o MPRN ouviu a opinião do cidadão potiguar para identificar o grau de conhecimento da sociedade em relação à instituição, quais áreas ele acha que o Ministério Público mais atua e quais deveriam ser suas prioridades de atuação, como também se lembra de alguma notícia na mídia sobre o MPRN.

Servidores e funcionários terceirizados da Procuradoria-Geral de Justiça devidamente identificados com crachás oficiais abordaram cidadãos para aplicação da pesquisa.

Deu no Portal do MPRN

Observação do Fator RRH:

É saudável e deveria ser uma prática constante que instituições públicas procurem ouvir tecnicamente a população a respeito do seu trabalho, da imagem que o povo tem, quais as exigências e necessidades e, principalmente, o que o cidadão espera da atuação do órgão.

Seja qual for.

De estranho somente a preferência  do Ministério Público para aplicar a pesquisa através de  “funcionários e pessoas terceirizadas”. 

Perde em credibilidade, possivelmente em conhecimentos técnicos, na real apuração das respostas que serão entregues a superiores hierárquicos.

Um crachá não produz conhecimentos técnicos e muito menos credibilidade.

O Ministério Público poderia ter levado mais a sério a iniciativa.

Caso tenha observado que as empresas especializadas em pesquisas de opinião pública estivessem, circunstancialmente, envolvidas nas campanhas eleitorais, o que seria bom se resguardar, poderia optar por buscar em outros estados ou esperar um pouco mais até passar a campanha política.

Fazer “pesquisa” com funcionários é piada pronta.

Chamar de pesquisa é falta de respeito.

Boa a idéia.

Péssima a opção amadora.

De cara eu já afirmo: não acredito na seriedade dos resultados.

Pelo sim e pelo não.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista