Em ofícios registrados como “urgentíssimos”, governo pede para ser respondido até dia 12 de agost
O Ministério da Defesa voltou a pedir acesso aos códigos-fonte das urnas eletrônicas e dados de pleitos anteriores ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dessa vez, estipulou prazo até 12 de agosto para receber as informações, segundo a pasta, devido ao “exíguo tempo disponível até o dia da votação” das eleições deste ano para que as Forças Armas possam analisar as informações.
Ao todo são três ofícios. Dois registrados com a data desta segunda-feira (1), e alerta de “urgentíssimo”, e um terceiro pedido com a data da quinta-feira passada (28).
Nesta segunda, o TSE se reuniu com todos agentes fiscalizadores das eleições, inclusive as Forças Armadas. Fontes militares afirmaram à CNN que o encontro foi técnico, cordial mas que, na avaliação deles, faltaram algumas respostas. Não é a primeira vez que o Ministério da Defesa cobra o TSE para ter acesso ao que chama de subsídios técnicos das últimas duas eleições.
Apesar do tribunal já ter respondido formalmente às sugestões da Defesa, a pasta aguarda reunião específica para tratar somente do conjunto de propostas. O TSE afirma que todos ofícios estão sendo sendo respondidos.
Em nota enviada à CNN, o Ministério da Defesa atribuiu o termo “urgentíssimo” a uma formalidade e reafirmou que a permissão para acessar o código fonte já foi liberada pela Corte, mas, ainda assim, o acesso precisa ser solicitado.
“A permissão para o acesso ao código-fonte foi liberada pelo TSE em outubro de 2021. Todavia, o acesso deve ser solicitado, mediante o agendamento de uma “janela de trabalho”, para que o TSE encarregue um servidor para acompanhar os trabalhos. O acesso segue o regramento do TSE e deve ocorrer nas dependências do Tribunal.Cabe destacar que a classificação “urgentíssimo” nos ofícios se deve ao pouco tempo disponível até o dia da votação.Ressalta-se, ainda, que o pedido ao TSE ocorreu agora haja vista o início dos trabalhos das entidades fiscalizadoras, a partir da reunião técnica de orientação feita pelo Tribunal ontem, segunda-feira (1º).
Deu em CNN