Eleições 17/12/2021 17:16
Fundão de R$ 5,7 bi: Senado segue Câmara e derruba veto de Bolsonaro
Ao vetar trecho da LDO 2022, o Executivo disse que o montante comprometeria outras previsões orçamentárias
Senadores rejeitaram, nesta sexta-feira (17/12), por 53 votos a 21, em sessão do Congresso Nacional, o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022 que amplia o fundo eleitoral de R$ 2,1 bilhões para R$ 5,7 bilhões para o ano que vem.
O veto já havia sido derrubado pela Câmara dos Deputados em sessão mais cedo.
Os parlamentares haviam incluído na LDO as regras para a elaboração do Orçamento de 2022, e aprovaram a ampliação do fundão em julho deste ano.
Ao vetar, o Executivo disse que o montante comprometeria outras previsões orçamentárias. Contudo, em reserva, aliados destacam que Bolsonaro precisava dar uma resposta ao eleitorado dele, mas não trabalharia para manter o veto.
O presidente não havia se manifestado contrário sobre a aprovação do montante até surgirem críticas dos apoiadores. A partir daí, Bolsonaro culpou o vice-presidente do Congresso, Marcelo Ramos (PL-AM), pela aprovação do fundão.
Ramos destacou que, como presidente da sessão, não votou e disse que os filhos do presidente – senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – votaram a favor e, por causa das críticas – o mandatário estaria tentando proteger os filhos desviando o foco.
Os partidos que compõe atualmente o núcleo duro de apoio ao presidente – PP, PL e Republicanos – se manifestaram favoravelmente à derrubada nas votações na Câmara e no Senado.
O líder do partido de Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou que o fundão eleitoral é uma alternativa para democratizar as eleições. “É um dos meios para que os desfavorecidos economicamente possam ter o mínimo de igualdade na disputa”, defendeu.
Deu em Metrópoles
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