Pandemia 28/11/2021 08:00

Governo se prepara para enfrentar nova onda e aposta em vacinação

Especialistas alertam para um inevitável novo aumento de casos, sobretudo após as festividades de fim de ano

Da mesma forma com que a Europa enfrenta uma quarta onda da Covid-19, o Brasil viverá, nos próximos meses, um aumento de casos da doença.

Na avaliação de especialistas, esse cenário é inevitável. Sabendo disso, o Ministério da Saúde se prepara para enfrentar a situação e corre para acelerar o processo de vacinação, tanto com a imunização de reforço com pela busca concentrada daqueles que não completaram o esquema vacinal.

A região Norte está no foco das preocupações.

Com uma cobertura heterogênea e pela vulnerabilidade aumentada por fazer fronteiras com outros países, o Norte é, historicamente, a região em que as ondas se manifestam primeiro.

As baixas coberturas na América Latina também elevam a tendência, sobretudo diante do indicativo do governo federal de flexibilizar as barreiras terrestres, atualmente com passagens restritas a cargas, na maioria dos pontos.

Citando o exemplo da situação pandêmica que piorou na Europa e nos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a necessidade de ligar o sinal de alerta.

“Temos que colocar as nossas inteligências à disposição de buscar estratégias que sejam capazes de ter efetividade e conter uma eventual nova onda aqui no Brasil”, disse, durante a reunião tripartite desta semana.

Queiroga ponderou que nos países em que há aumento da pressão sobre o sistema de saúde e da mortalidade o problema se dá, em boa parte, a partir das pessoas que não aceiram a imunização, além da perda gradativa da efetividade das vacinas, exigindo um reforço na imunização.

Já sabemos o local que tem a maior potencialidade de acontecer uma situação como essa e gerar um grande desafio ao sistema de saúde: a nossa região Norte.

De dimensões continentais, é uma região de desafios logísticos muito grandes e, por isso, temos que nos irmanar para dar um suporte aos secretários estaduais e municipais a fim de buscar uma ampliação da vacinação

Os esforços devem ser direcionados não apenas ao Norte, sobretudo ao considerar o cálculo de mais de 21 milhões de brasileiros com pendência para receber a segunda dose.

“Temos que começar a trabalhar a partir de agora. Buscas as melhores alternativas para que a população possa, livremente, buscar as salas de vacinação ou que nós, com mecanismos de busca ativa, procuremos suprir essa necessidade”, pediu Queiroga aos secretários de saúde dos estados e municípios.

Deu em R7

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista