Política 17/08/2021 11:37
José Genoino não acredita em golpe, mas adverte que pode haver fechamento político
Ex-presidente do PT revela sua decepção com militares: “Eu tinha uma relação - quando eu era deputado e quando fui assessor do Ministério da Defesa - civilizada, sóbria com os militares e quero confessar que, pra mim, desde 2016, todos os fatos, até a passeata de tanques, é uma grande decepção”
O ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino avalia que não se pode falar em golpe de Estado no Brasil neste momento “porque o golpe já aconteceu em 2016”.
Para ele, “O que pode haver é uma espécie de endurecimento e de fechamento”.
Genoino falou ao portal Brasil de Fato nesta segunda-feira (16):
“Não é que vai haver uma quartelada, não é que vá haver uma espécie de golpe tradicional, porque o golpe já aconteceu em 2016, eu vou deixar isso claro. O que pode haver é uma espécie de endurecimento e de fechamento. Por exemplo, a lei anti-terror que está sendo discutida no Congresso, o Distritão, a lei de grilagem em terras públicas. São medidas que estão cumprindo uma sustentação política e estão definindo diretrizes do governo”.
José Genoino foi, durante muitos anos, um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores, principalmente por sua capacidade de articulação com seus pares.
Eleito deputado federal em cinco mandatos consecutivos, de 1982 a 1998, pela sigla que ajudou a fundar, o cearense de Quixeramobim só deixou a vida legislativa para se tornar presidente do partido, em 2002.
Foi a impressionante capacidade de articulação que o levou ao Ministério da Defesa, em 2011, quando se tornou assessor especial de Celso Amorim, durante a gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff.
O tempo que dedicou à aproximação com as Forças Armadas, lhe faz estranhar, ainda mais, os movimentos políticos que rondam a caserna atualmente, durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Deu em Brasil247
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