Vacina 12/05/2021 06:00

Uma a cada 25 mil pessoas morre de Covid-19 mesmo após 2ª dose da Coronavac

Apesar de número ser extremamente baixo, dado mostra que 'volta ao normal' não vai acontecer enquanto grande parte da população não estiver imunizada

Dados do Ministério da Saúde obtidos pela CNN via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que há casos de pessoas que, mesmo completamente imunizadas com a Coronavac, contraem Covid-19 e morrem por causa da doença.

O número, no entanto, é extremamente baixo: uma morte a cada 25 mil pessoas que tomaram as duas doses do imunizante, o que equivale a 0,004% dos vacinados.

Para especialistas, esses números evidenciam que a vacinação é uma proteção coletiva e que a vida não poderá “voltar ao normal” a não ser que grande parte da população esteja completamente vacinada.

Uma dessas vítimas foi o Orrélio Justiniano Rocha, de 83 anos. Pneumologista e secretário municipal de Saúde da cidade de Lins, no interior de São Paulo, Orrélio estava na linha de frente do combate à Covid-19 e foi um dos primeiros a tomar a Coronavac.

Recebeu a segunda dose da vacina em 11 de fevereiro. Porém, 25 dias depois, começou a apresentar sintomas.

“Meu pai tinha uma particularidade, ele tinha uma tosse um pouco crônica, a vida inteira sempre tossiu muito, era um problema gastro-pulmonar. Essa tosse deve ser se modificado um pouco nessa época, ele não se apercebeu, e isso foi dando continuidade, ele foi se agravando”, contou à reportagem o filho de Orrélio, Aurélio Rocha Neto.

Quando procurou o hospital, Orrélio descobriu estar com Covid-19. A tomografia revelou que 50% de seu pulmão havia sido comprometido. Dias depois, Orrélio morreu.

Segundo o Ministério da Saúde, até 31 de março, 5,282 milhões de pessoas haviam recebido a segunda dose da Coronavac 14 dias antes, período para que o corpo consiga desenvolver as defesas adequadas. Destas, 623 desenvolveram a forma grave da Covid-19 e 212 pessoas acabaram morrendo, o equivalente a 0,004% do total. Uma pessoa a cada 8 mil foi internada pela doença.

Deu na CNN

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista