Vacina 13/04/2021 12:42

União Europeia: AstraZeneca atrasa entrega de metade das vacinas

O atraso na entrega das vacinas é verificado em vários países, inclusive no Brasil

A Agência France Press divulgou hoje o comunicado da Comissão Europeia: “Comunicamos à Comissão Europeia e aos Estados-membros na semana passada que um dos dois lotes [de vacina] para entrega nesta semana precisa ainda de ser testado e que será entregue em breve”

Segundo o Financial Times, que cita documentos oficiais, o grupo farmacêutico tem agora previsto entregar 1,3 milhões de doses aos 27 Estados membros da UE, mais Islândia e Noruega, contra 2,6 milhões que estavam planejados para esta semana, “um decréscimo distribuído de forma justa de acordo com os países”.

Os atrasos na entrega têm sido um problema recorrente, criando atritos entre a UE e a empresa farmacêutica, assim como no Reino Unido. Há, ainda, notícia de atraso na entrega de vacinas à Indonésia, Austrália e Brasil.

Também hoje, a EMA anunciou que vai examinar uma possível ligação entre a vacina anti-covid da Johnson & Johnson e casos de coágulos sanguíneos e expandir a investigação à AstraZeneca, já implicada para os mesmos sintomas.

Quarta-feira (07), a EMA já reconhecera que os coágulos sanguíneos deveriam ser listados como um efeito colateral “muito raro, mas grave” da vacina AstraZeneca, principalmente em indivíduos jovens.

A desconfiança em relação à vacina AstraZeneca tem levado muitos países a estabelecer limites de idade para o seu uso, ou mesmo a suspendê-lo.

Por exemplo, está reservada para maiores de 30 anos no Reino Unido, onde tem sido amplamente administrada, para maiores de 65 na Suécia e maiores de 60 em Portugal, Alemanha, Países Baixos e Filipinas.

A Alemanha esta considerando a comprar da vacina russa, Sputnik V, caso o regulador europeu aprove a sua administração.

Ainda hoje, antes do anúncio da EMA, as autoridades de saúde francesas indicaram que as 533.000 pessoas com menos de 55 anos já vacinadas com uma primeira dose de AstraZeneca receberiam uma vacina diferente para a segunda dose.

O problema na entrega das vacinas também tem sido verificado no Brasil, a Fiocruz noticiou que a farmacêutica, que desenvolve a vacina de Oxford, deixou de entregar 1.4 milhão de doses à entidade, ao passo que a Coronavac- Instituto Butantã teve sua produção interrompida, devido à falta de insumos provenientes da China.

Dei no Jornal do Brasil

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista