Economia 30/03/2021 14:49

Brasil cria 401,6 mil empregos com carteira, o maior saldo para fevereiro

Por Ricardo Rosado de Holanda

Melhor saldo para o mês em 29 anos. Aumento foi puxado pelos serviços

O Brasil passou a ter 401,6 mil pessoas a mais com carteira assinada em fevereiro. Foram 1.694.604 admissões contra 1.292.965 demissões no mês. Essa foi a maior criação de empregos formais para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1992.

No acumulado do ano de 2021, o saldo é de 659,8 mil vagas a mais.

Os dados constam do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O indicador considera apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.

Os números foram divulgados nesta 3ª feira (30.mar.2021) pelo Ministério da Economia.

Eis a íntegra do sumário (1 MB) e da apresentação (2 MB).

A abertura de vagas supera a mediana das projeções de analistas do mercado, que estimavam saldo de 250 mil contratos.

O governo atribui parte do resultado ao Programa de Manutenção do Emprego (Bem), que possibilitou a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada com pagamento de uma complementação por parte do governo na pandemia.

Atualmente, há 3,5 milhões de trabalhadores com garantia provisória de emprego.

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse que o resultado positivo indica que a economia estava retomando crescimento antes do recrudescimento da pandemia.

“Mais uma vez o vigor da economia brasileiro superando as expectativas”, declarou ele. “Nós temos que admitir que a economia, do ponto de vista formal de trabalho, está se recuperando em grande velocidade”.

Guedes falou que o foco agora deve ser a vacinação em massa para o retorno seguro ao trabalho.

Segundo ele, o governo quer renovar o Programa de Manutenção do Emprego para proteger os empregos formais e reformular o seguro-desemprego. “Sempre com limite definido. Sempre dentro das regras do jogo e esse é o meu pedido agora de entendimento a todos nós para que esses entendimentos caibam nos Orçamentos públicos”, afirmou.

“O que não quer dizer que tem que ficar estritamente dentro do teto o que for relacionado com a covid. Mas, sim, que tem que ser com valor definido, com propósito específico e extraordinariamente – não são gastos recorrentes. Temos essa cláusula na PEC [emergencial]”

Deu em Poder360

 

Ricardo Rosado de Holanda


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