Lava Jato 04/02/2021 09:35

Aras nega fim da Lava Jato e diz que “institucionalidade” evitaria “ação fora das leis do país”

Procurador-geral da República falou que absorção da força-tarefa pelo Gaeco evitaria polêmicas como mensagens vazadas de Moro e Dallagnol

O procurador-geral da República, Augusto Aras, negou nesta quarta-feira (3/2)o fim da Lava Jato ao comentar a absorção da força-tarefa no Paraná pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Pela manhã, o Ministério Público Federal (MPF) informou que a operação deixaria de existir depois de quase sete anos de atuação no estado.

“Apenas se trocou o nome de uma força-tarefa para o Gaeco, que absorve a força-tarefa. Ou seja, tudo continua igual”, disse Aras a jornalistas ao término da cerimônia de abertura das atividades do Legislativo, ressaltando que procuradores “não são estrelas”.

“Mudaram-se alguns nomes, continuam alguns poucos nomes do passado, mas os procuradores não são estrelas. Procuradores são iguais, admitidos por concurso público, e todos devem ter, presumivelmente, as mesmas capacidades de combater a corrupção. Então, Curitiba, no particular, vai crescer mais ainda. Depende apenas dos membros que lá estão usarem dos recursos que lá estão postos, que são muito mais do que grandes procuradorias estaduais”, declarou o procurador-geral.

Em portaria assinada em 7 de dezembro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República integrou, ao grupo de cinco membros do Gaeco, outros quatro procuradores do Paraná, ex-integrantes da força-tarefa, com mandatos até agosto de 2022. Agora, são nove membros.

O Ministério Público garantiu, no entanto, que os procuradores continuarão os trabalhos da Lava Jato no Gaeco. “Cinco deles se dedicarão aos casos que compunham o acervo da força-tarefa, estando quatro desses membros desonerados das atividades dos ofícios de origem.”

Deu em Metrópoles

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista