Violência 23/01/2021 09:12
Traições, ódio e dinheiro: conheça detalhes sórdidos que cercam morte do pastor Anderson do Carmo
Duas filhas da deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) admitiram em depoimentos na última sexta-feira (22/1) terem participado de planos para financiar e executar o assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar, assassinado ao chegar em casa em 16 de junho de 2019.
Duas filhas da deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) admitiram em depoimentos na última sexta-feira (22/1) terem participado de planos para financiar e executar o assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar, assassinado ao chegar em casa em 16 de junho de 2019.
Os depoimentos, porém, são contraditórios entre si e jogam mais mistério nessa saga de amor e morte que abalou a midiática família evangélica carioca.
Mais revelações sobre casos extraconjugais, uso de remédio na comida para dopar e ódio entre os familiares marcaram a retomada dos interrogatórios dos acusados de envolvimento no assassinato na 3ª Vara Criminal de Niterói, Região Metropolitana do Rio.
O inquérito, que havia sido paralisado por causa da pandemia de coronavírus, agora caminha para a conclusão e a Justiça vai definir quem vai a júri popular responder pela morte do religioso.
O depoimento mais revelador desta sexta foi o de Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da deputada, que confessou ter jogado os celulares da mãe, do irmão Flávio dos Santos e do pastor Anderson do Carmo no mar após o crime.
Apontada por testemunhas do processo como primeira pessoa da família com quem Anderson teria se relacionado, Simone negou que tenha namorado o pastor em algum momento, mas relatou que ele fazia seguidas investidas sexuais contra ela.
Ela disse que, após ser diagnosticada com câncer em 2012, passou a ficar mais em casa e conviver com Anderson, que pagava o tratamento dela, mas queria algo em troca.
Ela contou, então, que teria dado R$ 5 mil para uma irmã de criação (Marzy Teixeira, também ré no processo) colocar em prática um plano para matar o pastor – tudo, segundo Simone, sem o conhecimento de Flordelis.
“Eu disse: ‘Marzy me ajuda, estou passando por maus momentos’. Eu não tinha um plano, estava desesperada. Depois que fiquei doente, ele ia no meu quarto. Sei que ela ia dar o dinheiro pro Lucas, mas depois que dei o dinheiro não sei o que houve”, disse Simone no depoimento. Lucas, outro irmão de criação, também é réu.
“Ele sempre demonstrou [intenções sexuais], mas começou a dar a entender em 2012, quando ele começou a pagar meu tratamento. Ele falava para eu olhar para ele com carinho. Disse que, se eu não andasse na cartilha dele, ele não pagaria meu tratamento” afirmou ainda Simone no depoimento.
Simone também contou que chegou a flagrar Anderson se masturbando no pé de sua cama.
Deu em Metrópoles
Descrição Jornalista
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