Corrupção 09/09/2020 12:36
Advogado de Lula acha que busca e apreensão em seu escritório é “tentativa de intimidação”
Para o advogado Cristiano Zanin Martins, denunciado hoje na Operação E$quema S, a ordem de busca e apreensão em seus endereços “somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito”.
Para o advogado Cristiano Zanin Martins, denunciado hoje na Operação E$quema S, a ordem de busca e apreensão em seus endereços “somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito”.
Zanin é acusado pelo MPF de corrupção e lavagem de dinheiro para atuar em favor do ex-presidente da Fecomércio-RJ Orlando Diniz.
Mas, em nota divulgada esta manhã, o advogado afirma que a denúncia é uma retaliação porque ele, como advogado de Lula, “desmascarou as arbitrariedades praticadas pela Lava Jato”.
Na nota, ele afirma que auditorias feitas nos contratos assinados entre seu escritório e a Fecomércio entre 2011 e 2018 comprovaram que os serviços foram efetivamente prestados.
O MPF diz, na denúncia, que o trabalho de Zanin e de seu sogro e sócio, Roberto Teixeira, era intermediar pagamentos de propina.
Leia a nota:
O juiz Marcelo Bretas é notoriamente vinculado ao presidente Jair Bolsonaro e sua decisão no caso concreto está vinculada ao trabalho desenvolvido em favor de um delator assistido por advogados ligados ao Senador Flavio Bolsonaro. A situação fala por si só.
A atuação do nosso escritório deu-se um litígio de grandes proporções, classificado como uma “guerra jurídica” por alguns veículos de imprensa à época, entre a Fecomércio/RJ e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), duas entidades privadas e congêneres de representação de empresários e comerciantes. Cada uma delas contratou diversos escritórios de advocacia para atuar nas mais diversas frentes em que o litígio se desenvolveu.
Esse abuso de autoridade, aliás, não é inédito. A Lava Jato, em 2016, tentou transformar honorários sucumbenciais que nosso escritório recebeu da Odebrecht, por haver vencido uma ação contra a empresa, em valores suspeitos — e teve que admitir o erro posteriormente. No mesmo ano, a Lava Jato autorizou a interceptação do principal ramal do nosso escritório para ouvir conversas entre os advogados do nosso escritório e as conversas que eu mantinha com o ex-presidente Lula na condição de seu advogado, em grave atentado às prerrogativas profissionais e ao direito de defesa. Não bastasse, em 2018 a Lava Jato divulgou valores que o nosso escritório havia recebido a título de honorários em decorrência da prestação de serviços advocatícios.
Todas as circunstâncias aqui expostas serão levadas aos foros nacionais e internacionais adequados para os envolvidos sejam punidos e para que seja reparada a violação à minha reputação e à reputação do meu escritório, mais uma vez atacadas por pessoas que cooptaram o poder do Estado para fins ilegítimos, em clara prática do lawfare — fenômeno nefasto e que corroeu a democracia no Brasil e está corroendo em outros países.
São Paulo, 9 de setembro de 2020
Cristiano Zanin Martins
Deu em O Antagonista
Descrição Jornalista
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