Saúde 19/08/2020 05:51

Vacina chinesa vai custar R$ 800 reais cada injeção

Na corrida global para desenvolver uma vacina contra a Covid-19, a China está na liderança e cada vez mais perto de alcançar a meta.

Na corrida global para desenvolver uma vacina contra a Covid-19, a China está na liderança e cada vez mais perto de alcançar a meta.

Depois de as autoridades do país concederem na segunda-feira a primeira patente para o projeto que avança mais rápido, nesta terça foram divulgados novos detalhes sobre outra promissora linha de pesquisa.

A vacina experimental em que trabalha o Grupo Farmacêutico Nacional Chinês (Sinopharm), poderia estar pronta para ser comercializada antes do final do ano, “provavelmente em dezembro”, segundo seu presidente, Liu Jingzhen.

“Não será muito cara”, acrescentou o executivo em declarações citadas pelo jornal local Guangming Daily. “Esperamos que custe algumas poucas centenas de yuans por injeção, por isso o tratamento completo [com duas doses] deveria custar menos de 1.000 (800 reais)”.

Entretanto, Liu não esclareceu se a saúde pública chinesa cobrirá parte do custo do tratamento, ou se ele será incluído no programa gratuito de vacinação pública.

“Nem toda a população chinesa terá que se vacinar”, esclareceu, estabelecendo que os estudantes e os trabalhadores das grandes cidades terão prioridade.

O projeto da Sinopharm, desenvolvido junto ao Instituto de Virologia de Wuhan e o Instituto de Produtos Biológicos da mesma cidade – filial da empresa National Biotec Group Company – já concluiu as duas primeiras fases de ensaios clínicos.

Na própria segunda-feira, anunciou ter registrado por enquanto dados positivos, os quais foram citados na JAMA (revista da Associação Medica Americana).

Em um comunicado compartilhado com o tabloide oficial Global Times, a instituição informou que os 1.120 voluntários que receberam a vacina na primeira e segunda fases de ensaios geraram anticorpos contra a Covid-19 após duas doses.

“A vacina demonstrou ser efetiva e segura”, afirmava o texto. Segundo os cientistas, o produto induziu eficazmente à geração de anticorpos neutralizantes e demonstrou uma boa imunogenicidade – a capacidade de desencadear uma reação imunológica. O trabalho de pesquisa também avaliou a segurança do composto e concluiu que não foram observadas reações adversas graves.

As mais comuns se limitaram a dor no lugar da injeção, seguida de febre, ambas em forma leve.

Deu em EL País

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista