Ciência 25/05/2020 09:16

Soro retirado do plasma de cavalos pode ajudar no combate ao coronavírus

A primeira etapa de testes para uma nova esperança na luta contra o Coronavírus começa nesta semana em uma fazenda na zona rural de Cachoeiras de Macacu, no Estado do Rio.

A primeira etapa de testes para uma nova esperança na luta contra o Coronavírus começa nesta semana em uma fazenda na zona rural de Cachoeiras de Macacu, no Estado do Rio.

Trata-se de um soro, produzido a partir do plasma com anticorpos de cavalos e semelhante aos usados com sucesso contra a raiva e o tétano.

A possibilidade de um tratamento eficiente em pacientes com Covid-19 é tida como promissora pelos especialistas.

Se todos os testes derem certo, o chamado soro hiperimune poderá chegar a pacientes e profissionais de saúde expostos ao coronavírus em cerca de três ou quatro meses, estima o coordenador do projeto, Jerson Lima Silva, professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Faperj.

— Impossível dizer em quanto tempo teremos o soro porque começamos agora, mas há motivos para o otimismo — diz Lima Silva.

As vantagens do método são a rapidez nos testes e na produção, a possibilidade de produzir em grande escala anticorpos padronizados e o baixo custo. Anticorpos monoclonais (sintetizados e específicos contra uma determinada proteína) em testes na China e nos Estados Unidos, por exemplo, têm preço proibitivo. Tratamentos contra o câncer feitos com eles custam milhares de dólares.

Já o soro convalescente, doado por pessoas que se recuperaram da Covid-19, está em teste no tratamento de pacientes graves no Rio, mas é artesanal e não pode ser produzido em grande quantidade.

Deu em Diário do Rio

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista