Brasil 20/04/2020 11:45

Quatro estados têm ocupação máxima de UTIs e preocupam governo

A curva de crescimento dos casos de Covid-19 está apenas no início, mas estados brasileiros já enfrentam problemas para suprir a demanda por leitos, fazendo malabarismo para poder atender a casos graves da doença.

A curva de crescimento dos casos de Covid-19 está apenas no início, mas estados brasileiros já enfrentam problemas para suprir a demanda por leitos, fazendo malabarismo para poder atender a casos graves da doença.

A situação mais crítica se concentra no Norte e Nordeste, onde Amazonas, Ceará, Pernambuco e Pará atingiram 90% da capacidade de ocupação.

Rio de Janeiro e São Paulo, unidades federativas com número recorde de mortes, também preocupam. Sem medidas de contenção, a tendência é que profissionais da saúde tenham que decidir quem vive e quem morre nas próximas semanas.

(foto: editoria de arte)
(foto: editoria de arte)

“Com taxa já elevada de ocupação dos leitos, atrelada ao crescimento da curva de casos e ao período geralmente mais longo de internação que a doença está demandando, a tendência nas próximas semanas é que essa necessidade de rejeitar (pacientes) se confirme”, prevê Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe.

Segundo Gomes, os esforços de contenção fazem efeito. No entanto, afrouxar as práticas sem critérios pode colocar tudo a perder. “A população precisa fazer mais esse sacrifício para que os gestores tenham tempo de preparar o sistema de saúde. Essa é a maneira de contribuir com os profissionais de saúde, não jogando a eles a carga de ter que escolher entre vida”.

Sem conseguir atender mais internações pela Covid-19, a prefeitura de Fortaleza (CE) decidiu abrir o hospital de campanha do Estádio Presidente Vargas (PV) antes mesmo de ficar pronto.

“A maioria da nossa população não tem planos de saúde e depende do SUS”, justificou o prefeito Roberto Cláudio. Com a antecipação, mais 10 leitos de UTI e 204 enfermarias estão disponíveis para tratar acometidos pela doença.

“Atualmente, o sistema de saúde está com 38 pessoas precisando de UTI e 34 aguardando internação em leito comum”, disse a secretária de Saúde Joana Maciel.

Deu no Correio Braziliense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista