24/07/2019 06:59

Como foi a “invasão” nos celulares de Moro e Dallagnol

No dia 5 de junho deste ano, o celular do ministro da Justiça sofreu uma tentativa de invasão. No caso de Moro, já se sabe que o ministro atendeu a uma ligação de um número igual ao dele, e que isso permitiu o acesso ilegal ao aplicativo Telegram, que ele não usava mais.

No dia 5 de junho deste ano, o celular do ministro da Justiça sofreu uma tentativa de invasão.

No caso de Moro, já se sabe que o ministro atendeu a uma ligação de um número igual ao dele, e que isso permitiu o acesso ilegal ao aplicativo Telegram, que ele não usava mais.

Diante da possibilidade de clonagem do número, a linha foi abandonada. Com o número de Moro, os hackers podem ter aberto ou reativado a conta do ministro no Telegram e se passado pelo ministro.

No mês passado, a PF concluiu investigação preliminar apontando que o smartphone do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, foi o primeiro a ser invadido pelo suposto hacker que teve acesso às conversas do ministro Sérgio Moro e seus diálogos com o atual procurador, Deltan Dallagnol.

Segundo a autoridade, foi por meio do celular de Janot que o invasor teve acesso aos grupos de Telegram onde se encontravam arquivadas as conversas vazadas posteriormente pelo site The Intercept Brasil.

Ainda não se sabe se a operação desta terça-feira tem relação com esse mesmo inquérito.

Segundo matéria do G1, que apontou as conclusões da PF, após a invasão ao aparelho de Janot, o tal hacker também invadiu smartphones de procuradores da Operação Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Ao todo, cerca de 10 autoridades relataram tentativas de invasão de seus aparelhos.

Ao Jornal Nacional, em 13 de junho, a PF afirmou que, durante a investigação conduzida em nome de quatro inquéritos abertos para apurar o caso, muitos dos smartphones não estavam com o recurso de verificação de login em dois passos.

Casos semelhantes foram relatados pelos procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro e no Paraná. Essa semana, foi a vez do ministro da Economia, Paulo Guedes, ter o celular hackeado.

Antes, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), também informou que o celular dela havia sido invadido.

Deu no Cidade/ON

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista