12/06/2019 08:56
Bolsonaro dá sinais de que confiança em Moro não está abalada
Mesmo sem uma declaração pública, o presidente Jair Bolsonaro emitiu todos os sinais possíveis para avalizar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, um dos interlocutores das mensagens hackeadas envolvendo a Operação Lava-Jato.
Mesmo sem uma declaração pública, o presidente Jair Bolsonaro emitiu todos os sinais possíveis para avalizar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, um dos interlocutores das mensagens hackeadas envolvendo a Operação Lava-Jato.
O chefe do Executivo federal recebeu o ex-juiz para uma conversa, na manhã desta terça-feira (11/6), no Palácio da Alvorada.
Entre os pontos, ficou acertada a ida de Moro à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
A confiança de Bolsonaro em Moro se mantém inalterada.
A interlocutores e pessoas próximas, o presidente diz que as mensagens vazadas não maculam a imagem do ministro e garante não haver qualquer intenção em demovê-lo do cargo.
Afinal, os dois se retroalimentam em um jogo de ganho mútuo. O ministro da Justiça é o pilar do governo no combate à corrupção, um dos lastros da campanha vencedora nas eleições.
Por sua vez, a permanência no posto é, para o ex-juiz, a porta de entrada para o Supremo Tribunal Federal (STF). O problema é que, com a crise, ficou mais difícil manter a postura de “paladino da Justiça” perante o Congresso, poder responsável pela sabatina que poderá aprovar ou não a provável indicação de Bolsonaro.
A divulgação das conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-Jato, em Curitiba, feita pelo site The Intercept, gerou um clima de desconfiança no parlamento.
A sugestiva imagem de interferência de Moro nas investigações, segundo interpretam parlamentares, coloca em xeque a credibilidade e a conduta do ministro no atual cargo e na Suprema Corte. A avaliação é feita não apenas por partidos da oposição, mas também por integrantes de legendas da centro-direita, como PL, PP, PRB, DEM, PSDB e MDB.
Os mais incomodados sugerem, em conversas reservadas, a ideia de colocar Moro sob “fritura”, e o recado prático disso virá por meio de articulações para frear o pacote “anticrime” apresentado pelo ministro.
A estratégia de Moro e Bolsonaro para evitar a fritura foi a própria decisão do ex-juiz de ir ao Congresso na próxima semana. Não é para menos.
Com a reforma da Previdência tramitando na Câmara, é no Senado que o pacote anticrime está tramitando, por meio de três propostas idênticas às apresentadas aos deputados.
Também são os senadores integrantes da CCJ os responsáveis por sabatinar indicados pelo presidente da República ao posto de ministro do STF.
A próxima vaga à Corte será aberta com a aposentadoria do decano Celso de Mello, em novembro de 2020.
Deu no Correio Braziliense
Descrição Jornalista
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