30/11/2018 10:22

PT busca uma saída de sobrevivência após o desastre eleitoral

Na tentativa de reverter a situação delicada em que se encontra, a cúpula do PT se reúne hoje e amanhã,  pela primeira vez após a derrota nas urnas, para definir os próximos passos da sigla.

Na tentativa de reverter a situação delicada em que se encontra, a cúpula do PT se reúne hoje e amanhã,  pela primeira vez após a derrota nas urnas, para definir os próximos passos da sigla.

A estratégia dos petistas é se reaproximar de setores, como o evangélico, criar uma unidade na esquerda e fazer uma autocrítica, mesmo que leve, para promover uma reforma interna.

Isso sem abandonar a campanha pela libertação do ex-presidente Lula. Sem nomes para o front, o senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner , desponta como bastião do partido no próximo governo.

Fernando Haddad, que disputou a presidência da República, está nos Estados Unidos e não participará do encontro do Diretório Nacional.

Nele serão debatidos passos para os próximos meses, como a ideia de apostar no discurso de que o partido foi vítima de uma campanha terrorista. Certeza, mesmo, é o enfrentamento ao presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Wagner começa a se preparar para a sua atuação a partir de 1º de janeiro. Uma das principais medidas é se distanciar de Haddad. Interlocutores do senador eleito dizem que ele está em “resguardo” para não ser associado ao correligionário.

Governador por duas vezes da Bahia, fez seu sucessor e conseguiu manter a influência no Nordeste. Quer firmar a posição de político bem-sucedido e com espólio.

A atual presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, eleita deputada pelo Paraná, saiu das urnas fragilizada e, para parcela dos petistas, sem condições de promover uma arrancada em prol do partido. Haddad já confidenciou à cúpula petista que não pretende assumir nenhum cargo no comando da agremiação.

Deu no Correio Braziliense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista