29/11/2018 10:34

Fiern, Sebrae e Fecomércio comemoram cessão de campos de Petróleo do RN

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (28) que acertou a  cessão da participação total da companhia em 34 campos de produção terrestre na Bacia Potiguar para a empresa 3R Petroleum, além de três campos de águas rasas da Bacia de Campos para a Perenco por um valor total de US$ 823,1 milhões.

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (28) que acertou a  cessão da participação total da companhia em 34 campos de produção terrestre na Bacia Potiguar para a empresa 3R Petroleum, além de três campos de águas rasas da Bacia de Campos para a Perenco por um valor total de US$ 823,1 milhões.

A concessão foi aprovada ontem pelo Conselho de Administração da companhia e animou o setor petroleiro potiguar.

As Federação das Indústrias (FIERN) e do Comércio (Fecomércio), bem como o  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) preveem que a iniciativa vai impulsionar a economia do estado na região Oeste, onde estão os poços, em sua maioria, com a produção parada.

Vilmar Pereira - Divulgação Fiern

Vilmar Pereira – Divulgação Fiern

O diretor da Fiern, Vilmar Pereira, que é industrial no ramo petroleiro, explica que a federação já buscava, juntamente com o Sebrae, a concessão dos poços maduros, já que a Petrobras não tinha mais o interesse de mantê-los.

“São poços que vêm sendo operados há 40 anos e acabam se exaurindo. Acreditamos que vai ser muito bom para a economia da região. Esses poços fechados voltarão a produzir gerando ISS para as cidade e ICMS para o estado, além dos royalties, inclusive para os donos dos terrenos. Provavelmente não atingirão a mesma capacidade de antes, quando a Petrobras explorava, mas certamente será um ganho para todos””, prevê.

As 34 concessões no RN são campos maduros em produção há mais de 40 anos, localizados a cerca de 40 km ao sul de Mossoró-RN, mas, uma vez e atividade, deverão beneficiar os municípios circunvizinhos também com a retomada da atividade. Os campos foram reunidos em um único pacote denominado Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é de cerca de 6 mil barris de petróleo por dia.

Marcelo Queiroz acredita na retomada da atividade. Foto: ALberto Leandro/arquivo/PortalNoar

Marcelo Queiroz acredita na retomada da atividade. Foto: ALberto Leandro/arquivo/PortalNoar

O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, acredita que, com esta decisão a Petrobras viabiliza a retomada da produção destes campos,. “É um sonho antigo daquela região do nosso estado. Esta retomada deverá ter impactos em toda a economia, com reflexos na geração de novos empregos e incremento, entre outras coisas, das atividades comerciais e de serviços. Sem dúvida é uma decisão que merece ser comemorada por todos nós potiguares”, afirma Queiroz.

Novo ciclo de produção e negócios

A confirmação da Petrobras animou o setor e está trazendo boas expectativas. O superintendente do Sebrae/RN, Zeca Melo, revela que é uma medida animadora e já esperada pelo Sebrae. A forma como o negócio está sendo efetivado está, inclusive superando as expectativas.

Zeca Melo, diretor do Sebrae-RN (Foto: Agência Sebrae)

Zeca Melo, diretor do Sebrae-RN (Foto: Agência Sebrae)

“Mantivemos contato com os empresários de Mossoró e eles estão comemorando a medida da Petrobras. Nós esperávamos que essa situação dos poços parados tivesse um fim. Conversando com especialistas leles disseram que o valor do negócio ficou acima das expectativas, trata-se de uma empresa nova, formada por ex-técnicos da Petrobras, então tem tudo para dar certo. Torcemos que se concretize e que seja o início da privatização dos poços que não interessam mais a Petrobras”, declara Zeca Melo.

A expectativa é de que outros dois blocos venham a ser negociados pela estatal propiciando a retomada da produção e dos investimentos no setor, beneficiando a região.

Isso deve ocorrer e impactar as pequenas e médias empresas, segundo o superintendente do Sebrae porque será necessária a contratação de bens e serviços. “Esperamos um novo ciclo de criação de bens e serviços e que um novo ciclo de retomada da produção. Deverá haver mais contratações de prestação de serviços e, como há um valor de investimento razoável, espera-se que isso venha a ensejar esse novo ciclo”.

Fonte e foto: Assessoria

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista