27/11/2018 12:46
Próximo governo pode reduzir pobreza se fizer a reforma tributária
Para George da Oxfam, a melhora desses índices de desenvolvimento pode acontecer se o próximo governo trouxer novamente o tema desigualdade social para o debate.
Para George da Oxfam, a melhora desses índices de desenvolvimento pode acontecer se o próximo governo trouxer novamente o tema desigualdade social para o debate.
Além disso, segundo o especialista, é necessário haver uma reforma tributária no país focada não no aumento da carga em serviços e produção, mas sim na renda e no patrimônio.
“Se tivermos uma tributação maior em pessoas ricas, com renda de acima de 50 salários mínimos, em dividendos e em heranças, haveria um impacto enorme na questão da desigualdade. Só com uma reforma dessas conseguíamos saltar uns cinco anos nesse índice. Além disso, o novo governo tem que derrubar a lei do Teto dos Gastos, porque isso limita muito os investimentos em saúde e educação. Fazendo isso, cresceríamos em uma velocidade alta, em terceira marcha e na descida”, diz.
Para o diretor do FGV Social, Marcelo Neri, a pobreza no país vem crescendo desde 2014. Nos últimos três anos, 2014 a 2017, 6,3 milhões de pessoas estão na linha da miséria, aumento de 33% nesse indicador. Só em 2015, 3,6 milhões de brasileiros entraram na miséria.
“Isso é mais que do que a população do Paraguai quando se fala em novos miseráveis e aconteceu pela recessão econômica, com o aumento do desemprego”, diz.
Neri, no entanto, afirmou que se o Brasil crescer 2,5% ao ano o seu PIB até 2030, o índice de desigualdade social chegará ao nível de 2014, 8,2% da população.
“Não vamos sair do lugar, mesmo melhorando o PIB. É necessário uma política forte de combate à pobreza, criando uma rede de proteção social, com programas como o Bolsa Família, por exemplo, montados com dispositivo que incentive a melhora da produção”, afirma.
Segundo ele, o impacto no PIB de políticas públicas voltadas para a diminuição da desigualdade é maior do que medidas ligadas à reforma da Previdência.
“A cada 1 real investido em programas de redução da pobreza, 1,70 real é revertido ao PIB. Já a reforma da Previdência impacta em 0,72 centavos de real a cada 1 real investido”, acrescenta o diretor da FGV.
Deu em Exame
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