Sem categoria 23/08/2018 09:15

Indefinição sobre Lula deixa vácuo nas pesquisas e na campanha eleitoral

As mais recentes pesquisas mostram que a campanha encabeçada por Lula, de dentro da cadeia, tem sido eficaz para ele, mas não para os aliados.

As mais recentes pesquisas mostram que a campanha encabeçada por Lula, de dentro da cadeia, tem sido eficaz para ele, mas não para os aliados.
O ex-presidente continua a crescer na preferência dos eleitores. Mas, caso o Tribunal Superior Eleitoral cumpra o que manda a Lei da Ficha Limpa e indefira a candidatura do petista, condenado a 12 anos de prisão e, portanto, inelegível, a situação se complica para o PT.
Isso porque, até agora, o plano B do partido está estacionado: Fernando Haddad não decola nas pesquisas. Sem Lula na disputa, quem lidera as sondagens eleitorais é Jair Bolsonaro (PSL).
E os principais herdeiros do espólio lulista têm sido Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Se a eleição fosse hoje, por exemplo, a ambientalista ou o pedetista estariam no segundo turno.
Com o fim do prazo para protocolar as impugnações de candidatura de Lula no TSE, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, deve pedir hoje para a defesa do petista, preso na Superintendência da PF em Curitiba após ser condenado em segunda instância por corrupção, se manifestar. O grupo de advogados tem sete dias até o julgamento.
Depois disso, cabe ao magistrado decidir se a decisão será monocrática ou em plenário. A data limite desejável para a análise do processo é até a próxima semana, porque, se o petista for impugnado, a defesa poderá contestar com dois recursos — um no TSE e outro no Supremo Tribunal Federal.
Até lá, o país vive uma interrogação. Levantamento do Instituto Opinião Política produzido com exclusividade para o Correio mostra que, no cenário sem Lula, no Distrito Federal, a transferência de votos se daria para Marina Silva (Rede) — que cresce de 11,7% para 14,7% —, Ciro Gomes (PDT) — que ganhou 2,3% a mais de votos — e o tucano Geraldo Alckmin — que foi de 6,3% para 7,1%.
Fernando Haddad, substituto de Lula, agradou apenas a 5% dos entrevistados. Bolsonaro, que ocupou o primeiro lugar nos dois cenários da pesquisa, manteve a média de eleitores — o primeiro, com 27% e o segundo, com 27,2%.
Na pesquisa nacional do Ibope, o destino dos votos de Lula — que tem 37% das intenções — também fica claro.
Marina sai de 6% para 12%, quando o ex-presidente deixa a disputa, enquanto Ciro cresce de 5% para 9%; Alckmin vai de 5% para 7%; e Bolsonaro, de 18% para 20%.
Haddad fica nos 4%. No Datafolha, o cenário de repete: Marina sobe de 8% para 16%; Ciro, de 5% para 10%; Alckmin, de 6% para 9%; e Bolsonaro, de 19% para 22%. Haddad repete os 4%, sendo que Lula alcançaria 39%.
Deu no Correio Braziliense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista