Eleições 07/08/2018 13:46

Carlos Alberto, do PSOL, critica o PT e a Senadora Fátima Bezerra

Candidato a governador pelo PSOL, o professor Carlos Alberto comenta porque deixou o PT e criticou a política de alianças dos petistas, com partidos de direita ou centro. Para ele, é preciso uma união das esquerdas.

Deu no Portalnoar
Por Allan Darlyson
Candidato a governador pelo PSOL, o professor Carlos Alberto comenta porque deixou o PT e criticou a política de alianças dos petistas, com partidos de direita ou centro. Para ele, é preciso uma união das esquerdas.
Carlos Alberto avaliou ainda o governo Robinson Faria (PSD), os concorrentes ao Governo e enumerou quais seriam as cinco primeiras atitudes dele como gestor do RN.
Confira a entrevista:

Por que ser candidato a governador?

Porque quero transformar a terrível realidade atual de atraso político, social, administrativo, cultural e econômico, gestada pelas oligarquias que querem se perpetuar no poder, priorizando seus apadrinhados políticos e surrupiando os cofres públicos em detrimento das necessidades básicas do povo. Sou professor de administração há 22 anos, tenho uma vida plenamente equilibrada do ponto de vista profissional e familiar. Estudo gestão desde 1986, quando iniciei minha graduação, fiz mestrado e doutorado. Sinto-me plenamente capacitado, porque passei a vida me preparando para isso.

Por que o senhor trocou o PT pelo PSOL?

Quando passei a ser convidado pelo PSOL comecei a me aprofundar no conhecimento sobre o partido, que tem um programa de fundação com visão de futuro e coerência. Fiquei impressionado com a capacidade do PSOL de antever que a política de alianças com siglas do centrão e da direita ia dar errado. A esquerda tem de se unir aos anseios do povo e com a busca da justiça social, não com coligações retrógradas e familiares.

Qual a sua opinião sobre a candidatura da sua ex-correligionária e hoje adversária Fátima Bezerra (PT)?

É uma mulher de luta, mas que tem seguido o PT com alianças que não dão certo e que só beneficiam os poderosos.

Qual sua avaliação do Governo Robinson Faria?

Robinson Faria é o governador que deixou o Estado no fundo do poço. Não estabeleceu prioridades, não planejou, acabou apenas empurrando os problemas com a barriga. Governou para o lado que o vento soprasse. Não só Robinson, mas seus antecessores também só pensam em politicagem, não pensam em governar. Fui aluno do ex-governador Cortez Pereira, o melhor governador que o Rio Grande do Norte já teve. Cortez Pereira era um governador que planejava, pensava no desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte. Pensava na geração de emprego, renda e riqueza.

O senhor mostrará as falhas do governo atual ou só suas propostas?

Mostrarei as falhas e as soluções para elas, não só do governo atual, mas dos anteriores também. Por exemplo, o Governo Garibaldi fez uma desastrosa reforma administrativa em 1995 que extinguiu a capacidade de planejamento e de desenvolvimento do estado. Diversos órgãos estaduais foram fechados, dentre eles: a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do norte (CDI), a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais do Rio Grande do Norte (CDM), a Companhia de Habitação Popular do Rio Grande do Norte (COHAB), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário (CIDA), diversos servidores qualificados ficaram sem desenvolver plenamente sua capacidade de trabalho, muitos ficaram vagando pela administração. Vamos reorganizar nossos recursos humanos e dar a eles oportunidade de pensar e desenvolver o Rio Grande do Norte.

Gostaria de saber sua opinião sobre o que representa cada candidatura de todos os seus concorrentes.

Os candidatos postos vendem imagem de bons gestores, mas não são. Se fossem não estariam envolvidos em tantos escândalos. Fátima Bezerra já deu muito dela pelo Rio Grande do Norte, mas as alianças eleitorais que o PT tem feito são excessivamente pragmáticas e esquecem do povo. Carlos Eduardo Alves é mais do mesmo, lidera um acordão vergonhoso baseado na velha política. Robinson Faria não representa mudança até porque ele é quem está à frente dessa situação horrível que o Estado enfrenta, formou um palanque com os oportunistas que sempre estão com o governo para bancar suas eleições através das nomeações de apadrinhados para a gestão pública. Os outros, não conheço o suficiente para comentar.

Qual será seu estilo de campanha?

Pretendo seguir com o que estamos fazendo na pré-campanha. Apresento-me como um professor e administrador que quer fazer uma gestão diferente no Governo do Estado. Minha prioridade é a educação, afinal só ela é capaz de libertar o Rio Grande do Norte. Queremos conscientizar a população que educando nossas crianças e jovens teremos um futuro melhor e não ficaremos condenados à miséria.

O tempo de TV do PSOL é curto. Como superar essa desvantagem?

Estamos muito bem preparados nas mídias sociais, onde estamos dialogando com as pessoas. Além disso, vamos gastar sola do sapato indo até onde o povo está. Vamos utilizar todas as mídias disponíveis.

De forma concisa e direta, quais seriam suas primeiras cinco ações como governador?

1)           Identificar dentre os servidores estaduais suas vocações e capacidades para pôr fim às indicações políticas para cargos comissionados no governo, não teremos apadrinhados políticos em cargos do governo, somente servidores públicos concursados;
2)           Formar ‘Consórcios’ entre os municípios e o Estado, nas diversas microrregiões, para que se possa trabalhar as necessidades específicas de cada microrregião nas áreas, de segurança, da saúde, da educação e do desenvolvimento e geração de empregos;
3)           Criar equipes de projetos com os servidores estaduais para analisar toda a regulamentação dos programas implantados pelo novo presidente eleito, temos que atrair recursos para o Rio Grande do Norte;
4)           Reunir todos os Consórcios regionais com nossas equipes de projeto para aplicar bem os recursos públicos federais no Rio Grande do Norte;
5)           Cancelar o contrato da Arena das Dunas com a OAS.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista