Eleições 14/05/2018 11:21

Como romper a barreira da descrença do eleitor

Em um cenário imprevisível para as eleições deste ano, os pré-candidatos à Presidência da República precisam romper a barreira da descrença do eleitor. A luta para conquistar uma parcela da população que veem os políticos como inimigos deve ser árdua até outubro.

Em um cenário imprevisível para as eleições deste ano, os pré-candidatos à Presidência da República precisam romper a barreira da descrença do eleitor.
A luta para conquistar uma parcela da população que veem os políticos  como inimigos deve ser árdua até outubro.
O aumento dos votos não-válidos nas últimas eleições demonstram que muitos caciques estão ameaçados em seus estados.
Em 2014, os votos nulos e brancos aumentaram em relação às eleições anteriores. O número de brasileiros que se abstiveram de votar no primeiro turno chegou a 19,4%.
Os votos nulos ficaram em 5,8%, enquanto aqueles que optaram pela tecla “em branco” alcançou 3,8% — maior índice dos quatro pleitos anteriores.
Os números têm um recorte por unidades federativas.
O estado com maior abstenção, na eleição passada, foi o Maranhão, com 23,6%, seguido pela Bahia, com 23,2%. A menor foi no Amapá, com 10,4% , seguida pelo Distrito Federal, com 11%. Quando comparado por regiões, o Nordeste fica na frente, com 20% de abstenções; seguido pelo Norte, com 19,8%; pelo Sudeste, com 19,7%; pelo Centro-Oeste, com 18,7%; e pelo Sul, com 16,7%.
Um levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 2010, mostra que as abstenções, não só podem tirar a legitimidade dos representantes eleitos, como também causam prejuízo ao país.
Naquele ano, as perdas atingiram R$ 195,2 milhões, considerando o primeiro e o segundo turnos. Isso porque toda a organização e a estrutura são montadas para receber um número específico de eleitores, aptos a votarem.
Então, se um número grande de pessoas se abstém, parte do valor gasto é desperdiçado.
Débora Fortuna – Especial para o Correio Braziliense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista