Sem categoria 12/10/2017 06:23

Pesquisa diz que 66% dos médicos estão estressados

Para a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, a lastimável situação é uma realidade que não fica restrita somente aos pediatras brasileiros, constituindo-se na vida da maioria dos médicos.

Para a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, a lastimável situação é uma realidade que não fica restrita somente aos pediatras brasileiros, constituindo-se na vida da maioria dos médicos.
Para que esse quadro seja desenredado, ela diz que os órgãos representativos da categoria precisam se mobilizar.
“Nós vemos que a sociedade se encontra em um momento delicado, porque a violência começa a fazer parte de nossos dias. A situação de trabalho também é muito estressante para os médicos e, além disso, há um volume muito grande de pacientes. Há vários fatores na determinação dessa violência”, afirma Luciana. A médica destaca que as mulheres pediatras estão, “como sempre”, mais vulneráveis.
Os números corroboram a opinião de Luciana, já que, enquanto 17% dos pediatras consultados declaram enfrentar agressões, 24% das profissionais mulheres sofrem com isso.
Quando consideradas ocorrências dos últimos 12 meses anteriores à entrevista, a percentagem de mulheres atacadas sobe para 26%.
Além disso, o nível de estresse ocasionado pelas condições de trabalho é o maior registrado entre as médicas nos últimos cinco anos: 66%.
O presidente da Sociedade Espírito-Santense de Pediatria, Rodrigo Aboudib, lembra um feminicídio ocorrido em 14 de setembro, em Vitória, que deixou a comunidade da capital consternada. A médica oncologista pediátrica Milena Gottardi foi morta com três tiros na cabeça, quando saía do Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes.
Seu companheiro é suspeito de ser o mandante do crime.
“Chama a atenção o fato de ser assassinada no ambiente de trabalho, porque a falta de iluminação e de segurança propiciou que fosse o local escolhido para a execução”, destaca Aboudib.
“A violência contra médicos aumentou muito, especialmente nos pronto-atendimentos, onde as pessoas buscam ser socorridas rapidamente. A falta de condição de trabalho e o exacerbamento da carga de trabalho acabam provocando reações impensadas”, acrescenta.
Deu na Agência Brasil

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista