Sem categoria 22/03/2017 06:22

Há um "propósito destrutivo" nos vazamentos das operações, diz Gilmar Mendes

“Um delegado decide fazer uma operação, a maior do Brasil, para investigar a situação de carne. Anuncia que todos nós estaríamos comendo carne podre e que o Brasil estava exportando para o mundo carne viciada. Por que fez isso? Porque, no quadro de debilidade da política, não há mais anteparos, perderam os freios. E não querem que se aprove a lei de abuso de autoridade.”

“Um delegado decide fazer uma operação, a maior do Brasil, para investigar a situação de carne. Anuncia que todos nós estaríamos comendo carne podre e que o Brasil estava exportando para o mundo carne viciada. Por que fez isso? Porque, no quadro de debilidade da política, não há mais anteparos, perderam os freios. E não querem que se aprove a lei de abuso de autoridade.”
Para Gilmar, há, claramente, “um propósito destrutivo” nos vazamentos.
“Como acabam de fazer com o ministro da Justiça (Osmar Serraglio), ao dizer que ele deu um telefonema para uma autoridade envolvida nesses escândalos. É uma forma de chantagem implícita, ou explícita. É uma desmoralização da autoridade pública.” Serraglio foi citado por um dos investigados na Carne Fraca. A citação veio a público com a divulgação do pedido de buscas e prisões da Polícia Federal, que não está sob sigilo de Justiça.
“A imprensa parece acomodada com este acordo de traslado de informações”, afirmou Gilmar.
Para Ela Wiecko, “a mídia faz a investigação, sim”. “Eles têm acesso, não sei como, mas eles têm muitas informações.”
Dirigindo-se a Gilmar, a subprocuradora-geral afirmou que a “insatisfação” e a “insurgência” do ministro “têm que ser compartilhadas com todas as instituições e pela mídia”.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista