Sem categoria 16/05/2014 06:06

O Brasil vai passar vergonha na Copa, diz Presidente do TCU

Por fatorrrh_6w8z3t

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, fez hoje severas críticas à organização da Copa do Mundo no Brasil.
Segundo ele, muitas cidades vão passar vergonha porque o evento será realizado em meio a obras de infraestrutura inacabadas ou que não saíram do papel.
Para Nardes, o Brasil precisa abandonar a cultura do improviso e do “jeitinho” e episódios como esses servem de exemplo para que o problema não se repita nos preparativos dos Jogos Olímpicos de 2016 – cujos atrasos no cronograma já receberam críticas de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).
– Precisamos avançar como nação nos preparativos para as Olimpíadas para evitar cometermos erros, situações de constrangimentos e atrasos. Estaremos vigilantes para que nos Jogos Olímpicos não passemos vergonha como infelizmente vamos passar na Copa do Mundo, onde algumas cidades não estão preparadas para receber os cidadãos – disse Nardes.
As declarações foram feitas hoje à tarde durante o lançamento do portal Fiscaliza Rio 2016, que reúne informações sobre auditorias feitas pelos tribunais de contas da União, do Estado e do Município do Rio nos preparativos para os Jogos Olímpicos em áreas como infraestrutura, segurança e mobilidade urbana.
A cerimônia ocorreu no auditório do TCE, na Praça da República, no Centro do Rio. Por coincidência, a cerimônia começou no mesmo horário em que, a 500 metros dali, manifestantes se concentravam para promover um protesto contra os gastos públicos na Copa do Mundo.
Quando o evento terminou, muitos convidados acabaram retidos no congestionamento causado pelos protestos.
O ministro citou vários exemplos de obras de infraestrutura previstas para a Copa do Mundo que estão atrasadas, não foram realizadas ou acabaram executadas de forma errada em quase todas as cidades-sede:
– Teremos decepções na Copa. Estive em Cuiabá na semana passada e fiquei impressionado. A situação lá parece uma praça de guerra. As obras nos aeroportos não estão terminadas. Houve atrasos em outros aeroportos, como no Galeão e em São Paulo, porque demorou-se a decidir a fazer a concessão do serviço à iniciativa privada. E, quando a decisão foi tomada, perdeu-se muito tempo para definir qual o modelo.
Deu em O Globo

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista