Sem categoria 23/03/2014 05:38

Imobiliária sente-se enganada na negociação e entra na Justiça

Por fatorrrh_6w8z3t

Deu na Tribuna do Norte
Por Roberto Lucena
A partir daí, não houve mais contato do MPE nem tão pouco das antigas proprietárias do imóvel. Desconfiando da ausência de telefonemas, a imobiliária foi ao cartório de notas e verificou que o imóvel havia sido vendido.
“Ou seja, eles enganaram a imobiliária. A compra aconteceu sem a participação do corretor. Foi uma negociação direta do MPE com as proprietárias. Não houve pagamento de comissão como rege a lei”, acrescentou.
O assunto foi parar no Judiciário e, apenas no ano passado, o Iforn foi obrigado a pagar R$ 12 mil à Procuradoria de Imóveis. Como consta na Escritura Pública a qual a reportagem teve acesso, o MPE pagou R$ 850 mil pelo imóvel.
O mesmo valor de sua avaliação e que era cobrado pela imobiliária. No entanto, em contato com a reportagem na última quinta-feira, José Augusto Peres, procurador-geral de Justiça à época da negociação, informou que houve barganha para diminuir o preço exigido pelas sócias. “Elas estavam pedindo um valor maior. A gente conseguiu barganhar e pagamos R$ 800 mil”, disse Peres.
Desde que foi comprado, em 14 de abril de 2008, o imóvel permanece fechado e sem nenhuma serventia ao MPE. Atualmente, o imóvel vale pouco mais de R$ 900 mil, mas para recuperá-lo, é necessário pelo menos R$ 550 mil.
Entre 2003 e 2008, houve valorização de 1.150% no valor do imóvel. Sobre o assunto, Renato Gomes lembra que, naquela década, ocorreu uma espécie de “boom imobiliário” em Natal.
“As cotações de preço do metro quadrado estavam em alta. O mercado estava sem noção dos preços”, disse. “É bom lembrar também, que os valores do IPTU, naquela época, nem sempre revelavam o preço real do imóvel”, ponderou.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista