Sem categoria 18/03/2014 19:43

“MP sabia que imóvel não tinha acessibilidade”, denuncia presidente da OAB

Por fatorrrh_6w8z3t

420x280x9525f54375059a37ab26f93081040db0-700x466.jpg.pagespeed.ic.HrAdctbSPxDeu no Portalnoar
Por Ciro Marques
De pedra, a vidraça. Essa é a situação pela qual está passando o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) após a divulgação, no portalnoar.com, do abandono do imóvel comprado por R$ 800 mil, localizado no Centro de Natal, em uma área bastante disputada comercialmente.
O órgão ministerial foi alvo de críticas pelo mau negócio nas redes sociais e, além disso, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que classificou como “lamentável” o fato.
“É algo lamentável. Primeiro, foi uma compra equivocada. Já se sabia que o prédio não tinha acessibilidade para as exigências do próprio Ministério Público e, mesmo assim, compraram o imóvel, representando um mau uso de recursos públicos”, afirmou o presidente da OAB/RN Sérgio Freire.
O curioso da declaração do advogado é que ele, assim como muitos outros potiguares, não sabia quem o imóvel ainda pertencia ao Ministério Público. Afinal, o crítico órgão auxiliar, que recentemente até abriu inquérito para apurar o abandono do prédio da Secretária Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), esqueceu quase que totalmente o prédio localizado na esquina da Avenida Deodoro da Fonseca com a Rua José de Alencar, sem se manifestar nenhuma vez sobre o caso.
“Ainda é do Ministério Público? Eles não venderam não?”, se surpreendeu o presidente da OAB ao saber que o imóvel ainda pertencia ao órgão.
“Bom, já que agora é a notícia é de que ele vai ser repassado ao Governo do Estado, para a instalação da Divisão de Homicídios, a OAB deverá esperar que o prédio tenha uma destinação correta, o que não ocorreu até agora”, acrescentou.
Se a OAB deve esperar e acompanhar o futuro do imóvel, agora, de forma mais próxima, outro advogado, Thiago Cortez, parece já saber qual será o destino do prédio de R$ 800 mil. “Vai doar (o imóvel) e depois recomendar a regularização do prédio e acessibilidade. Depois do Governo pagar tudo, pede a cessão”, escreveu Cortez no seu perfil oficial no Twitter.
O advogado também cobrou uma atitude mais direta por parte do MPRN e questionou quem iria ajuizar a ação de improbidade administrativa contra o procurador-geral de Justiça (PGJ). “Apontando o dedo, como gosta o MP: a culpa é da atual administração. Não importa o passado. Improbidade e crime”, decretou ele.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista