Sem categoria 11/02/2014 05:50
A morte, nesta segunda-feira, 10, do repórter cinematográfico Santiago Andrade, da rede Bandeirantes, atingido por um artefato explosivo em manifestação no Rio de Janeiro, na quinta, 6, mobilizou, a reunião do Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Nacional para realizar estudos e fazer recomendações sobre liberdade de expressão, ocorrida hoje.
Sob a presidência de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, o conselho aprovou nota de repúdio à violência contra profissionais da imprensa, na qual, além da apuração da autoria e denúncia judicial dos responsáveis, cobra, também, dos governos federal e estaduais, medidas urgentes para garantir a integridade física dos jornalistas, radialistas e demais comunicadores.
O Conselho de Comunicação Social lembra que houve mais de cem agressões registradas contra jornalistas desde as manifestações de junho de 2013 e que, em 2014, já foram notificados três casos de jornalistas agredidos em coberturas de manifestações.
“As agressões revelam nitidamente comportamentos autoritários de pessoas ou grupos de pessoas que não conseguem conviver com o estado de direito e, principalmente, com a comunicação pública. Ou, ainda, a ação equivocada do Estado, por meio de suas Polícias que, em vez de proteger os jornalistas e outros comunicadores, tentam impedir seu trabalho. E mais, empresas de comunicação têm sido frequentemente atacadas em atos de intolerância, que são igualmente repudiáveis”, diz a nota.
O conselho diz que existem vários projetos de lei tramitando no Congresso que tratam da garantia da segurança dos jornalistas e demais comunicadores e defende um que federaliza as investigações dos crimes contra jornalistas.
“No presente e no futuro, é preciso dar um basta a esta crescente violência contra jornalistas, radialistas e outros comunicadores, para garantir o direito do cidadão à informação, o estado de direito e a democracia”, termina a nota.
Deu no Valor Online