Sem categoria 28/08/2013 05:49

Concurso público inclui pergunta sobre posição do PT

Por fatorrrh_6w8z3t

O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) ingressou com uma representação na Procuradoria da República no Distrito Federal, na tarde desta terça-feira, contra o diretor-geral da Escola Superior de Administração Fazendária (Esaf), Alexandre Ribeiro Motta.
O motivo foi a suposta partidarização de duas questões presentes na prova objetiva do concurso para analista técnico-administrativo, arquiteto, contador, engenheiro e pedagogo, do Ministério da Fazenda, realizado no último domingo.
Conforme revelado pelo GLOBO, uma pergunta exigia que os candidatos conhecessem as propostas defendidas pelo PT para a reforma política — e não cobrava o mesmo em relação a nenhum outro partido — e outra questão abordava os empecilhos para a realização de um plebiscito sobre o tema, posição defendida pela presidente Dilma Rousseff e rechaçada pelo Congresso Nacional. A Esaf negou motivação política.
Em sua representação, o deputado afirma que “a ESAF terminou por implementar uma escandalosa propaganda sobre uma das bandeiras políticas do Partido dos Trabalhares (PT)”, que, se continuada, obrigará dos concurseiros “um acompanhamento constante das propostas defendidas” pelo partido da presidente Dilma Rousseff. Segundo o deputado, a ação trata-se de uma “flagrante demonstração de confusão entre o público e o privado”.
Maia reclama também da questão sobre o plebiscito sugerido por Dilma. Segundo ele escreveu na ação, o intento da ESAF na elaboração da questão é “integralmente convergente” com as ações do PT para “manter viva a proposta da Presidente da República — conquanto tecnicamente inviável — de realização de plebiscito sobre a Reforma Política”. O deputado solicita que a Procuradoria da República responsabilize o diretor-geral da Esaf por ato de improbidade administrativa.
A Escola Superior de Administração Fazendária se pronunciou nesta terça-feira sobre o caso. Segundo a instituição, responsável pelo concurso, as equipes que elaboraram as questões “são integradas por pesquisadores, membros da academia e profissionais de comprovada capacidade intelectual, contratados especificamente para a formulação e a correção de questões ligadas aos seus respectivos campos de atuação, ensino e/ou pesquisa”.

Deu em O Globo
Ricardo Rosado de Holanda


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