Sem categoria 28/07/2013 12:48

O alemão cordial

Por fatorrrh_6w8z3t

fotob2fotob A recente delegação da Fiern/Senai que esteve na Alemanha para participar do WorldSkill desceu em Berlim pelo aeroporto de Schönefeld.
Estava previsto que iríamos pegar um táxi, seguir até a Estação e embarcar num trem para Liebzig, distante 191 quilômetros.
Alguém teve a ideia de procurar uma van e saber quanto custaria nos levar.
Na primeira van abordada pelo Superintendente do Senai, professor Afonso Avelino Dantas, a surpresa.
O motorista alemão “arranhava” no Português, algo raro por lá.
Wolf, além de ajudar no idioma, foi motorista, fotógrafo, guia turístico, carregador de mala, garçom, historiador e, acima de tudo, uma simpatia.
Um alemão, motorista de táxi, simpático, cordial e muito alegre.
Acertamos com ele o preço até Leibzig e arriscamos perguntar se, uma semana depois, ele nos pegaria de volta pra Berlim, quando embarcaríamos para o Brasil.
Na semana seguinte, na hora acertada, lá estava ele na porta do hotel nos aguardando.
Ele mesmo programau um city tour por Berlim, nos levando a locais históricos.
Somente quem conhece a cidade para saber como chegar nos locais e deixar todos muito próximos das atrações turísticas.
Na juventude Ihr Fahrer Wolf foi operador de guindastes, ainda na antiga República Democrática Alemã – RDA – nos tempos do comunismo.
Depois foi motorista na embaixada da Angola, onde conseguiu aprender algumas coisas em português.
Mas era sempre muito engraçado – lembrava exatamente um personagem de Jô Soares que falava português com sotaque alemão – quando tentava se explicar em português e as palavras não saiam. Quando conseguia batia todo feliz na própria cabeça.
Wolf não falava de política e nos disse somente que quando derrubaram o Muro de Berlim ele movava no interior e não assistiu a festa.
Mas calava sempre que alguma pergunta pudesse levar para uma discussão política.
Porém sempre muito educado.
A integração de Wolf com a delegação foi tanta que ele próprio comprou uma dúzia de cervejas e nos ofereceu na despedida. Mesmo quente e com um calor de rachar, a delegação agradeceu e cada um, para não ser deselegante, tomou dois ou três goles.
Ele não bebeu.
Na despedida tivemos a sensação de que foi muita sorte achar um  taxista alemão que falava português, sabia pouca coisa do Brasil a não ser sobre o futebol e a música.
Portanto, se algum natalense foi a Berlim, descer ( ou não) no aerporto de Schönefeld, procure Wolf.
O endereço eletrônico dele é grossraumtaxi@pan.li.
Vai uma foto do alemão cordial, da placa da sua van e no momento da despedida da delegação.
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista