Sem categoria 13/05/2013 03:59

Indústria do mel enfrenta dificuldades

Por fatorrrh_6w8z3t

Deu na Tribuna do Norte – por Sara Vasconcelos
Os danos causados pela estiagem prolongada vão além da paisagem seca e de carcaças de gado no campo.
O setor da apicultura potiguar também amarga  prejuízos.
A produção de mel de abelha, que crescia em ritmo acelerado, despencou no último ano. A quebra na safra é estimada em 90%.
Com a seca, as colmeias foram esvaziadas, uma indústria de beneficiamento que funcionava no estado fechou as portas e não há previsão de o produto voltar à pauta de exportações este ano. Em contrapartida, o preço disparou.
Segundo analistas e produtores,  a produção de mel do Rio Grande do Norte, que chegou a 1,1 milhão de quilos entre 2009 e 2010, poderá regredir em uma década e ficar no patamar dos 200 mil quilos – o mesmo volume colhido em 2002.
O prejuízo ocorre porque como não chove, não tem flor para as abelhas se alimentarem e elas debandam ou morrem.
Caso o clima contribua, será possível repovoar os enxames e haver uma retomada da produção de 5% a 40% nos próximos dois anos. O caminho para voltar a produzir em grande escala vai além, no entanto, das condições  climáticas – principal fator de perda.
São necessárias políticas de crédito, assistência técnica e a regulamentação da profissão de apicultor, segundo especialistas.
Enquanto a meteorologia e os anseios de produtores não se alinham, a Afical –  agroindústria do Estado responsável por beneficiar e exportar 100% do mel que compra dos produtores – suspendeu as operações depois de 5 anos de atividade.
Com capacidade de processar 10 mil toneladas de mel ao ano, foi desativada em março e não tem previsão de retomar as atividades.
A Afical  é abastecida por produtores de todo o Nordeste. A produção potiguar representa 15% da capacidade instalada da indústria.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista