Construção Civil 21/07/2025 17:36

Drones que pintam prédios sozinhos chegam para aposentar andaimes e reduzir custos pela metade

A pintura de fachadas, um dos trabalhos mais perigosos e caros da construção civil, está prestes a ser transformada para sempre.

Uma nova geração de drones que pintam fachadas de prédios de forma autônoma está saindo dos laboratórios para o mundo real, prometendo substituir o trabalho humano em altura por uma solução robótica, segura e surpreendentemente eficiente.

Liderada por startups inovadoras como a americana Apellix, essa tecnologia não é apenas um vislumbre do futuro, mas uma resposta concreta a problemas crônicos do setor.

Com a capacidade de reduzir os riscos de acidentes em até 80% e cortar os custos com mão de obra pela metade, os drones que pintam fachadas de prédios de forma autônoma estão se consolidando como uma das inovações mais disruptivas da última década.

Como funciona o drone pintor?

Drones que pintam prédios sozinhos chegam para aposentar andaimes e reduzir custos pela metade
drone Apellix

Diferente dos drones de filmagem, os drones pintores são projetados para o trabalho pesado. Eles geralmente operam “amarrados” a uma base no solo por meio de um cabo e uma mangueira, o que garante um fornecimento contínuo de energia e tinta, permitindo que trabalhem por horas sem interrupção.

O processo é uma mistura de robótica e inteligência artificial:

Mapeamento 3D: antes de iniciar, o drone escaneia a fachada com sensores (como LIDAR) para criar um mapa tridimensional preciso do edifício.

Plano de Voo Autônomo: um software calcula a rota de voo ideal, garantindo que cada centímetro da superfície seja coberto de forma uniforme e sem desperdício.

Aplicação Precisa: equipado com um bico de spray de alta precisão, o drone “dança” pela fachada, aplicando a tinta com uma consistência que seria impossível de alcançar manualmente.

Mais segurança, menos custo

A adoção de drones que pintam fachadas de prédios de forma autônoma traz vantagens que vão muito além da automação.

Segurança em primeiro lugar: a principal vantagem é a eliminação do risco de acidentes com trabalhadores em altura. Andaimes, cordas e balancins, que são fontes de graves acidentes, se tornam desnecessários.

Economia drástica: ao dispensar a montagem de andaimes e reduzir a necessidade de mão de obra especializada, a tecnologia pode diminuir os custos de uma pintura de fachada em até 50%.

Eficiência e sustentabilidade: o sistema de spray controlado por software reduz o desperdício de tinta (overspray) em até 40%. Além disso, a operação é muito mais rápida: um drone como o PowerPainter, da Apellix, pode cobrir 100 m² em apenas duas horas.

Quem está liderando essa revolução?

Drones que pintam prédios sozinhos chegam para aposentar andaimes e reduzir custos pela metade
Apellix, fundada por Robert Dahlstrom

A vanguarda dessa tecnologia é liderada por startups especializadas em robótica aérea, com destaque para a Apellix, sediada na Flórida, EUA. Fundada por Robert Dahlstrom, a empresa ganhou notoriedade global ao vencer o desafio de inovação “Paint the Future”, promovido pela gigante de tintas AkzoNobel.

A parceria entre a Apellix e a AkzoNobel foi fundamental para validar a tecnologia, testando tintas e revestimentos específicos para a aplicação com drones. O resultado foi o lançamento, em 2025, do PowerPainter, um dos primeiros drones comerciais para pintura de fachadas, com um custo aproximado de 30 mil dólares.

O futuro da pintura predial

A tecnologia dos drones que pintam fachadas de prédios de forma autônoma ainda está em seus estágios iniciais de adoção, mas seu potencial é transformador. Além de resolver problemas de segurança e custo, ela surge como uma solução para a escassez de mão de obra qualificada no setor da construção.

Com o avanço da inteligência artificial e a integração com enxames de drones (swarms), o futuro da manutenção predial será cada vez mais autônomo, seguro e eficiente. A imagem de um pintor pendurado em um arranha-céu pode, em breve, se tornar uma cena do passado.

E você, o que acha do uso de drones que pintam fachadas de prédios de forma autônoma? Acredita que essa tecnologia vai aposentar os pintores de rapel? Deixe sua opinião nos comentários!

Deu em CPG

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista