O Botafogo terminou a partida com 23 finalizações, mas acabou parando no goleiro Lucas Arcanjo, além de ter finalizado duas vezes na trave.

Davide Ancelotti acredita que o Glorioso fez o suficiente para vencer a partida.

– Foi um pouco de tudo. No futebol você tem que marcar para ganhar os jogos, não foi o suficiente. Não tivemos sorte e temos também que melhorar. Acredito que fizemos o suficiente para ganhar hoje, mas nem sempre pode ser assim, isso é o futebol. É frustração, porque queremos sempre ganhar, mas temos que seguir. Amanhã é outro dia – afirmou, resignado.

Veja abaixo outras respostas de Davide Ancelotti:

O QUE PODE MELHORAR?
“A ideia era essa, de jogar por fora, com os pontas com a perna trocada para cruzar e entrar na área. Não chegamos sempre com muitos jogadores, vamos trabalhando isso, vamos melhorar. Depois começamos um pouco a não ter paciência, querer forçar o jogo por dentro, aí eles fechavam bem o meio. Precisávamos de um pouco mais de paciência, jogar mais por fora, procurar uma solução nos corredores. Acho que isso pode melhorar, manter a cabeça fria até o final. É claro que não é fácil, no segundo tempo o jogo perde ritmo, tem muitas pausas, cresce um pouco a frustração nos jogadores… Tem que manter a cabeça fria até o final sempre, porque poderíamos ganhar o jogo no último segundo, com o Cuiabano, mas não tivemos muita sorte hoje.”

JOGOS COMO TREINAMENTO
“Preciso utilizar os jogos, porque não vamos ter muitos treinos. Vou conhecendo a equipe, claramente não tenho muito tempo aqui e preciso de tempo para conhecer bem todos. Todos vão ter oportunidade. Hoje para mim foi a primeira vez em que jogou Cuiabano, por exemplo, com os jogos vou dar oportunidade a todos, porque todos treinam bem, são profissionais e acredito que podem nos ajudar. Claramente temos perfis de jogadores que gostam de jogar entrelinhas e temos que aproveitar isso.”

SUBSTITUIÇÕES
“Mudamos um pouco a estrutura da construção no segundo tempo, jogamos com um jogador de ataque a mais. Então, as transições podiam ser mais nos últimos 30 minutos. Essa é uma motivação, no segundo tempo arriscamos mais as transições, já que o Allan estava pensado que iria jogar uma hora e também porque que Gregore jogasse jogo, porque para ele é importante. Sobre o Nathan, é um jogador do qual gosto, tem características que eu gosto. Artur fez um jogo completo, uma boa partida.”

ESQUEMA PREFERIDO
“Gosto de jogar com linha de quatro. Depois, 4-3-3, ou 4-2-3-1. Agora jogamos no 4-2-3-1, mas pode ser um 4-3-3 na saída de bola. Sem bola, acredito que o 4-4-2 é o sistema que pode permitir do bloco médio para pressionar alto. No futebol de hoje tem que trocar muito. Se a gente defende em bloco abaixo, a linha de quatro pode converter a linha de cinco, ajudando com um ponta, com um meia… Se tenho que escolher um, é o 4-2-3-1.”

PRIMEIRAS IMPRESSÕES DO TAPETINHO
“O gramado sintético faz com que a bola tenha velocidade. Temos que jogar com velocidade e procuramos fazer isso no primeiro tempo do jogo. A ideia era marcar um gol no primeiro tempo, porque depois nesse jogo pode ficar mais fácil, jogar um pouco mais nas transições. A maioria dos jogadores estava acostumado ao gramado, hoje era o primeiro jogo para alguns deles. Eles vão se acostumar. Tem que ser uma vantagem jogar aqui. Temos jogadores com habilidade técnica e não temos que baixar o ritmo do jogo, temos que jogar com ritmo, rápido.”

NÚMERO DE CHANCES CRIADAS
“A ideia é essa, de chegar à área. Ainda não fizemos isso sempre. Para ter oportunidade de marcar gols, tem que ter jogadores na área. Essa é a ideia, de poder chegar à área, poder atacar duas vezes, recuperar a bola rápido, alto, e jogar um futebol com a identidade que o clube quer, um futebol com coragem, e é isso que procuramos fazer. Os jogadores são receptivos a isso.”

SUBSTITUIÇÕES
“Cada substituição tem uma motivação, o treinador pode pensar que é tático, físico, coletivo, dar confiança a um jogador… Cada substituição tem muito pensamento por trás, cada uma pode ser uma história.”