Terra 16/07/2025 20:24
Represas construídas por humanos mudaram eixo de rotação da Terra, diz estudo
A humanidade construiu tantas represas que já armazena água suficiente para deslocar ligeiramente os polos da Terra de seu eixo de rotação.
Essa conclusão faz parte de uma pesquisa publicada em 8 de julho na revista científica Geophysical Research Letters.
Conduzido por cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o estudo estima que, entre 1835 e 2011, foram erguidas quase 7 mil barragens — o que corresponde à água suficiente para encher o Grand Canyon duas vezes.
Como resultado, os polos da Terra deslocaram um metro e o nível global do mar caiu 21 milímetros.
Embora esse deslocamento seja pequeno, isso pode ajudar os cientistas a compreenderem a mudança dos polos se grandes geleiras e camadas de gelo derreterem devido às mudanças climáticas.
“Ao retermos água atrás de represas, isso não só remove água dos oceanos, levando a uma queda global do nível do mar, como também distribui a massa de forma diferente ao redor do mundo”, considera em comunicado a líder do estudo, Natasha Valencic, pós-graduanda em Ciências da Terra e Planetárias em Harvard.
“Não vamos entrar em uma nova era glacial, porque o polo se moveu cerca de um metro no total, mas isso tem implicações para o nível do mar”.
A partir de um banco global de barragens, os pesquisadores mapearam as localizações e a quantidade de água armazenada. Assim, concluíram que a construção dessas represas deslocou os polos terrestres em duas fases:
Entre 1835 e 2011, os polos da Terra se deslocaram ao todo cerca de 113 centímetros. Só no século 20, esse movimento foi de aproximadamente 104 centímetros — período em que o nível médio do mar subiu 1,2 milímetro por ano. Nesse intervalo, os humanos chegaram a represar, em barragens, cerca de um quarto dessa água que teria ido para os oceanos.
Mas como exatamente os polos se deslocaram conforme a água é retida nas represas? A explicação para isso é simples: imagine jogar um pedaço de argila em um dos lados de uma bola de basquete em rotação. A parte da bola com a argila se moverá ligeiramente em direção ao seu equador e para longe do seu eixo de rotação. Com a Terra, acontece algo parecido.
A camada sólida de rocha mais externa oscila e diferentes áreas da superfície acabam ficando diretamente sobre o eixo de rotação. Os polos geográficos então passam por pontos diferentes na superfície do que antes, um processo batizado “deriva polar verdadeira”.
“Dependendo de onde você posicionar represas e reservatórios, a geometria da elevação do nível do mar mudará”, alerta Valencic.
“Esse é outro ponto que precisamos considerar, porque essas mudanças podem ser bem grandes, bem significativas”.
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