Corrupção 25/06/2025 06:25

Senador denuncia ‘república sindical’ por fraudes no INSS

Quanto a possibilidade do senador Omar Aziz (PSD-AM), que integra a base do governo vir a presidir a CPMI do INSS, o líder da oposição no Senado Federal, senador Rogério Marinho (PL-RN) diz que deve ser respeitada a questão da proporcionalidade na indicação dos membros da Comissão.

“A preocupação maior é que temos que ser muito ativos nessa CPMI, porque a verdade é que não há crime mais hediondo, não há crime mais forte, mais detestável do que se roubar aposentados ou se tirar merenda de crianças, se me permita o paralelo e a analogia. E é evidente que é a República Sindical que está por trás desse crime”.

“Nós estamos falando de um aumento de 2,5 milhões de associados no final do governo do presidente Bolsonaro para 9,6 milhões em meados de maio de 2025. e com todos os avisos, com todos os indícios, com todas as provas que foram obtidas pelos órgãos de controle do Tribunal de Contas, da AGU, da CGU, e eles dobraram as apostas e há uma organização criminosa que se locupletou com os recursos dos aposentados”, continuou.

Assalto

Em entrevista ao canal da Revista Oeste no Youtube, na manhã da terça-feira (24), o senador Rogério Marinho também destacou que a Polícia Federal (PF) tem divulgado, principalmente, uma ação contra três ou quatro entidades que descontavam recursos dos benefícios de aposentados e pensionistas da previdência social, mas são 41 entidades, “nenhuma entidade ligada às centrais sindicais, e são muitas, hoje está em evidência como partícipe desse verdadeiro assalto ao recursos russo do aposentado rural”.

Particularmente, Marinho disse que já se colocou à disposição do seu partido e vai participar da CPMI como suplente:

“Pretendo trazer à baila, trazer à luz do dia esses dados que são fucrais e que são assertivos, que mostram que a corrupção se estabeleceu há muitos anos atrás e que ela foi potencializada no governo do presidente Lula através dos seus indicados, tanto do Ministério da Previdência como do Instituto Nacional de Seguridade e Ação Social do INSS”.

Marinho disse, ainda, que “está muito mais preocupado em mostrar essas provas e não tenho dúvida que a verdade vai se impor. Eles vão ter muita dificuldade e não vão conseguir esconder o sol com a peneira”.

Manifestação

O senador Rogério Marinho considera que a manifestação organizada por seu partido, a partir das 14 horas deste domingo (29), na avenida Paulista, em São Paulo, “é um momento de renovarmos as esperanças e de estarmos juntos, porque quem não aceita a banalização da jurisprudência de exceções que ocorre no Brasil precisa mostrar sua irresignação e sua indignação”.

Para o senador Rogério Marinho, a convocação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro à participação do ato público, é uma oportunidade, mais uma vez, “de mostrarmos ao mundo e ao Brasil que existem brasileiros insatisfeitos com a forma como a justiça está sendo administrada no país, em que inquéritos são intermináveis, em que acabou o devido processo legal, que a legislação vem sendo modificada e a jurisprudência em função da conveniência ou da circunstância do momento”.

Em entrevista ao canal da Revista Oeste no Youtube, na manhã da terça-feira (24), Marinho disse que “mais do que nunca é importante mostrarmos de cabeça erguida, de peito aberto, a nossa coragem de nos opormos o que está acontecendo no Brasil, até porque estamos próximos ao desfecho de um julgamento sumário e inquisitorial, com um ritmo extremamente acelerado”.

“Acredito que nos próximos três ou quatro meses nós teremos um desfecho e dificilmente teremos uma outra oportunidade de estarmos juntos. Então, é muito importante todos nós pedirmos, clamarmos, que haja justiça no Brasil, de fato, e não apenas uma justiça relativa e seletiva como vem sendo aplicada no nosso país.”, declarou o senador, referindo-se ao julgamento de Bolsonaro que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao ser questionado sobre o projeto da anistia em tramitação no Congresso Nacional, Marinho explicou que a solução se dará no campo da política, os líderes partidários e os próprios presidentes dos Poderes “buscam uma alternativa e uma solução que permita que aqueles que estão presos por depredação de patrimônio público ou até pela forma como a justiça encarou o fato de estarem presentes no gramado da Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, essas condenações que ocorreram em escala industrial sem individualiza de culpas, muitas vezes de uma forma na perspectiva pedagógica de tentar inibir ou de tentar fazer com que as pessoas tenham receio de ir às ruas, essas pessoas precisam ser soltas”.

Marinho informou que o recesso parlamentar no Congresso Nacional ocorrerá na terceira semana de julho e acredita que entre os dias 17 e 18 dom próximo mês, “acredito que nós teremos alguma solução nesse sentido e também na possibilidade de que o presidente possa ter a isenção do seu julgamento”.

Para Marinho, “não há sentido nem do ponto de vista formal, nem do ponto de vista legal, nem do ponto de vista moral, que um ex-presidente da República esteja sendo julgado na última instância recursal, sem a possibilidade de um duplo grau de jurisdição”.

Deu em Tribuna do Norte
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista