Guerras 14/06/2025 12:29

Israel x Irã em números: comparativo inédito revela qual país tem as forças armadas mais poderosas do Oriente Médio em 2025, com dados de tropas, tanques, aviões e armas nucleares

O Oriente Médio vive um de seus momentos mais explosivos em décadas, com Israel e Irã trocando ataques diretos e ameaças nucleares em 2025.

Por trás das manchetes, está uma corrida armamentista de décadas marcada por espionagem, sabotagens, alianças estratégicas e investimento massivo em defesa. Mas afinal, no conflito Israel x Irã, quem tem as forças armadas mais poderosas da região?

Na madrugada de sexta-feira, 13 de junho de 2025, a longa e turbulenta relação entre Irã e Israel atingiu seu ponto mais crítico em décadas. Em uma operação militar sem…

Com base em dados do relatório Global Firepower 2025, análises históricas e fontes confiáveis como o canal Aero por Trás da Aviação, este artigo apresenta um comparativo detalhado entre o poder militar do Irã e de Israel, revelando forças e fraquezas de cada nação em uma disputa que pode decidir o futuro geopolítico do mundo.

Poder militar total: quem domina o índice de poder de fogo?

Global Firepower 2025 atribui ao Irã o índice de poder militar (PwrIndx) de 0.3048, colocando-o na 16ª posição mundial. Já Israel está um degrau acima, na 15ª posição, com um índice de 0.2661, o que aponta uma ligeira superioridade técnica e estratégica.

Apesar da vantagem israelense no índice, o Irã apresenta força humana esmagadora, com mais de 88 milhões de habitantes e 610 mil militares ativos. Em contraste, Israel conta com apenas 170 mil ativos, mas compensa com 465 mil reservistas altamente treinados e um sistema de mobilização quase instantâneo.

Em termos de orçamento, Israel investe mais que o dobro: US$ 30,5 bilhões contra US$ 15,45 bilhões do Irã. Isso se reflete na qualidade e sofisticação do armamento, especialmente no setor aéreo, onde Israel é amplamente superior.

Força aérea: Israel domina os céus com tecnologia americana e engenharia própria

Israel mantém 611 aeronaves contra 551 do Irã, com vantagem significativa em qualidade. O país opera modelos como F-15 Eagle, F-16 Sufa e F-35 Adir, todos modificados para suas necessidades específicas. Os F-35 israelenses são equipados com sensores e armas desenvolvidas localmente, tornando-os extremamente letais e difíceis de detectar.

O Irã, por outro lado, conta com aeronaves mais antigas, muitas herdadas do tempo do xá e algumas modernizadas com ajuda russa e chinesa. Seu número de caças é menor e sua frota de ataque é limitada a modelos menos avançados.

Israel também se destaca em aeronaves de alerta antecipado e reabastecimento em voo, com KC-135, KC-130 e o sofisticado sistema EL/W-2085, enquanto o Irã possui poucas capacidades desse tipo.

Na guerra moderna, o domínio aéreo é decisivo. E nesse quesito, Israel leva ampla vantagem com sua engenharia, frota de drones e integração com sistemas de inteligência e satélites.


Exército terrestre: Irã tem mais tanques, mas Israel vence em eficácia e doutrina

O exército terrestre iraniano impressiona pelos números: 1.713 tanques, 65.825 veículos blindados e mais de 1.500 lançadores de foguetes móveis. No entanto, grande parte desse equipamento é considerado obsoleto, com baixa eficiência em guerra real.

Israel possui 1.300 tanques, incluindo o moderno Merkava IV, desenvolvido localmente com tecnologia de ponta, proteção ativa e integração digital com infantaria e drones. Seus 35.985 blindados são otimizados para mobilidade em terrenos variados, como o deserto e áreas urbanas.

A doutrina militar israelense também se destaca. O treinamento intensivo, a inteligência tática e a coordenação entre forças são características marcantes das Forças de Defesa de Israel, enquanto o Irã ainda apresenta estrutura mais centralizada e menos ágil.

Apesar da superioridade numérica iraniana em artilharia, Israel compensa com precisão, logística e interoperabilidade entre unidades, fatores cruciais em combates modernos.

Poder naval e recursos estratégicos: Irã aposta no número, Israel na tecnologia

No mar, o Irã possui uma frota de 107 navios contra 62 de Israel, incluindo 25 submarinos, alguns deles adaptados para lançar mísseis de cruzeiro. A marinha iraniana é voltada para o estreito de Ormuz, com poder de interdição naval regional.

Israel, mesmo com menos embarcações, investe em corvetas de última geração e submarinos classe Dolphin, que podem operar com armas nucleares, segundo analistas. Suas capacidades navais são integradas à aviação e inteligência, formando um escudo marítimo de alta eficácia.

Quando se trata de recursos naturais, o Irã tem enorme vantagem energética: é o 3º maior em reservas de petróleo e 2º em gás natural. Já Israel, embora com reservas limitadas, explora seus campos no Mediterrâneo e compensa com tecnologia, alianças e importações estratégicas.

Ambos mantêm presença naval relevante, mas Israel aposta na dissuasão por tecnologia, enquanto o Irã investe em presença regional e táticas de saturação com drones, mísseis e barcos rápidos.

Conflito real e histórico: experiência de combate faz diferença

Israel possui um dos exércitos mais experientes do mundo em combates reais. Desde sua fundação, enfrentou guerras com todos os vizinhos, conflitos de baixa intensidade, operações antiterrorismo e ciberataques constantes. Sua doutrina é testada e adaptada com frequência.

O Irã também tem histórico de guerra, como o longo conflito contra o Iraque (1980–1988), além do apoio a milícias no Líbano, Síria e Iêmen. Sua guerra é mais indireta, por meio de aliados como o Hezbollah e as Forças Quds, com foco em guerras assimétricas.

Em 2025, após o ataque israelense à usina de Natanz, o Irã lançou mais de 100 drones em retaliação. Mesmo com esse volume, a maioria foi interceptada pelo Domo de Ferro, sistema de defesa israelense de última geração.

A capacidade de resposta, adaptação e inovação tecnológica colocam Israel em posição de vantagem em conflitos modernos, ainda que o Irã possa manter resistência prolongada em caso de guerra total.

Superioridade técnica de Israel e força bruta do Irã colocam o mundo em alerta

O comparativo revela que, em termos de tecnologia, eficiência e integração militar, Israel é superior. Seu domínio aéreo, defesa antimísseis, inteligência artificial e capacidade de resposta rápida são inigualáveis na região.

Por outro lado, o Irã apresenta números robustos, vastos recursos naturais, maior população e influência sobre grupos armados em países vizinhos, o que lhe confere um tipo diferente de poder.

Ambos são perigosos à sua maneira: o Irã como potência regional de massa e persistência, e Israel como potência de precisão e dissuasão. A rivalidade continua sendo um dos maiores riscos à estabilidade mundial, especialmente em tempos de ataques cruzados como os de 2025.

Deu em CPG

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista