Guerras 04/06/2025 10:59
Perguntaram ao ChatGPT quando começaria a Terceira Guerra Mundial, e a resposta foi assustadora
“A contagem regressiva já começou, e ninguém poderá detê-la.” Essa foi a resposta que um usuário recebeu ao perguntar ao ChatGPT quando começaria a Terceira Guerra Mundial. A afirmação da IA pode parecer coisa de ficção científica — mas, ao olhar mais de perto, ela revela uma análise geopolítica inquietante e tecnicamente plausível.
Na era da desinformação e da hiperconectividade, muitos buscam respostas em ferramentas de inteligência artificial. E quando se trata de temas delicados como guerras globais, a curiosidade se mistura com o medo.
O ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, é um dos sistemas mais avançados nesse campo. Ele não “prevê” o futuro, mas sim analisa dados históricos, contextos atuais e possíveis tendências — e, com isso, traça cenários hipotéticos
Ao ser questionado sobre a possibilidade de uma nova guerra mundial, o modelo respondeu com uma frase perturbadora: “A contagem regressiva já começou, e ninguém poderá detê-la.”
Segundo a IA, vivemos um momento de tensão acumulada entre grandes potências, o que pode ser suficiente para transformar pequenos incidentes em grandes conflitos.
Essa mesma preocupação já foi expressa por líderes e especialistas. Em 2023, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que “a humanidade está a um passo do abismo” por conta da escalada nuclear entre potências. A fala foi feita durante um pronunciamento oficial após o aumento de exercícios militares entre China, Rússia e Coreia do Norte.
Segundo o modelo, as regiões com maior risco de se tornarem estopim de uma guerra global são: Europa Oriental, Mar do Sul da China e o Oriente Médio.
Nesses três pontos, o risco é latente — basta uma faísca mal interpretada para acionar uma cadeia de reações entre potências militares.
No Leste Europeu, o prolongado conflito entre a Rússia e a Ucrânia arrasta consigo a OTAN e, por consequência, os Estados Unidos. Já no Mar do Sul da China, a disputa por Taiwan coloca diretamente China e EUA em rota de colisão.
No Oriente Médio, a tensão crônica entre Israel, Irã e aliados da região segue inflamando o tabuleiro estratégico.
Essas regiões não são escolhidas ao acaso: elas envolvem disputas territoriais históricas, acesso a recursos estratégicos e alianças militares que poderiam transformar crises locais em guerras multilaterais.
Segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), mais de 40% dos conflitos ativos no mundo hoje têm potencial para envolvimento internacional direto.
De acordo com a simulação feita pela IA, os atores centrais de um conflito global seriam Estados Unidos, China e Rússia, acompanhados por membros da OTAN na Europa, aliados asiáticos como Japão e Coreia do Sul, e nações do Oriente Médio, como Irã, Arábia Saudita e Israel.
A presença militar dessas potências em zonas estratégicas aumenta a probabilidade de incidentes que possam sair do controle.
A IA destaca que uma eventual guerra não começaria com uma declaração formal — e sim por meio de uma escalada regional. Um ciberataque massivo, uma disputa por rotas marítimas, ou até mesmo o uso indevido de inteligência artificial militar poderiam acionar o gatilho.
Como destacou o próprio chatbot da OpenAI:
“O início da guerra viria provocado por uma escalada regional, provavelmente na Europa do Leste, no Mar do Sul da China ou no Oriente Médio, onde existem disputas territoriais e militares latentes.”
O pesquisador Pavel Baev, do Peace Research Institute Oslo, reforça esse alerta em entrevista à Al Jazeera:
“O problema é que estamos num mundo multipolar sem mecanismos claros de controle de danos. A dissuasão que funcionava na Guerra Fria já não se aplica no mesmo grau.”
O que diferencia uma possível Terceira Guerra Mundial dos conflitos anteriores é o papel que a tecnologia — especialmente a inteligência artificial — desempenharia no front. Em vez de soldados nas trincheiras, teríamos drones autônomos, mísseis hipersônicos e ciberarmas invisíveis que atacam infraestruturas críticas à distância.
O ChatGPT aponta que a próxima guerra seria travada em várias dimensões: física, cibernética e informacional.
Um ataque não se limitaria a destruir fábricas ou bases militares, mas poderia colapsar o fornecimento de energia de uma cidade inteira, comprometer redes bancárias ou até manipular a opinião pública por meio de desinformação automatizada.
O Brasil, apesar de manter uma posição historicamente neutra em conflitos entre grandes potências, não estaria imune aos efeitos.
Um colapso global afetaria diretamente o comércio exterior, a cadeia de suprimentos e o setor de energia — especialmente petróleo, fertilizantes e semicondutores.
Como apontou um relatório do IPEA, o impacto econômico de uma nova guerra mundial poderia ser dez vezes maior que o da pandemia de COVID-19.
A IA alerta que as consequências de uma guerra desse tipo seriam devastadoras:
Além disso, a destruição de satélites, redes de comunicação e cadeias logísticas afetaria até países que não estivessem diretamente envolvidos.
É importante lembrar que a resposta do ChatGPT não é uma previsão real: trata-se de uma análise simulada com base em dados e tendências. Mesmo assim, o exercício serve como alerta.
Como diz a própria IA, o que está em jogo é o futuro da humanidade — e ele depende diretamente das escolhas políticas e diplomáticas feitas agora
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