Consumidor 02/06/2025 07:30

Procon encontra medicamentos com diferença de até 323% no preço em farmácias de Natal

Uma pesquisa do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) encontrou medicamentos com diferenças de preço acima de 300% entre uma farmácia e outra em Natal (veja detalhes mais abaixo).

➡️ A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 23 de maio na capital potiguar e também apontou um aumento médio de 4,58% no preço dos remédios – 0,75% acima do reajuste oficial de 3,83% anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e autorizado pelo governo federal em 31 de março.

➡️ A pesquisa foi realizada em 45 estabelecimentos, considerando farmácias e drogarias das quatro regiões da cidade e incluindo grandes redes e pequenos comércios, tanto nas proximidades de hospitais quanto em bairros mais afastados do centro da cidade.

➡️ Segundo o Procon, das 45 farmácias, 33 apresentaram uma quantidade satisfatória de medicamentos para análise, ou seja, acima de 50% de uma lista composta por 29 medicamentos (sendo 8 genéricos e 21 de referência).

A pesquisa considera as seguintes categorias:

  • analgésicos;
  • antialérgicos;
  • antibióticos;
  • anticonvulsivantes;
  • antidepressivos;
  • antidiabéticos;
  • anti-hipertensivos;
  • anti-inflamatórios;
  • antiparasitários;
  • contraceptivos hormonais.

Diferença de preço

Segundo o Procon, “o consumidor deve estar atento uma vez que foi verificado diferença nos preços dos medicamentos pesquisados quanto ao laboratório”.

Isso porque alguns medicamentos apresentaram diferença considerável de preço nas farmácias e drogarias pesquisadas.

A maior diferença foi registrada no preço do anti-inflamatório Diclofenaco de Sódico – 100 mg com 10 comprimidos, de um mesmo laboratório, que chegou a ser encontrado por R$ 10,24 e por R$ 43,34 a depender da drogaria – uma diferença de 323%.

Houve diferença também ao ser analisado o mesmo produto de outro laboratório, apresentando diferença de 243%, com o maior preço de R$ 49,90 e o menor R$ 14,54.

“Portanto, o consumidor deve levar em consideração o laboratório de fabricação do medicamento, esse dado interfere diretamente no preço do produto na hora da compra”, informou o Procon.

A diferença de preço, segundo o Procon, “foi encontrado em diversos medicamentos”. Na análise, foram considerados os preços sem desconto oferecidos pelas farmácias.

No entanto, o Procon reforçou que na compra direta o consumidor pode obter descontos no momento do pagamento, que variam de acordo com a rede e o programa de fidelidade da farmácia.

Redução de preço em medicamentos

Segundo o Procon, apesar do aumento médio em um ano, três medicamentos apresentaram redução de preço em comparação a quanto custavam no mesmo período de 2024:

  • Allegra 60 mg – preço médio: R$ 43,93 (redução de R$ 3,36);
  • Diupress 25 mg – preço médio: R$ 30,64 (redução de R$ 1,44); e
  • Diclofenaco Sódico 100 mg – preço médio: R$ 16,18 (redução de R$ 4,08).

Orientação ao consumidores

O Procon Natal reforça que o objetivo da pesquisa é informar a população sobre onde encontrar medicamentos com preços mais acessíveis.

Além disso, orientou os consumidores sobre a diferença entre os medicamentos:

  • medicamento de referência possui marca registrada, qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas por testes científicos e registrados pela Anvisa;
  • medicamento similar, que é produzido após o vencimento da patente do medicamento de referência, possui nome de marca, qualidade, eficácia e segurança comprovadas, e também é registrado pela Anvisa.

➡️ As planilhas completas com dados de preços, médias, variações e endereços dos estabelecimentos pesquisados podem ser vistas no site do Procon.

⚠️ Qualquer denúncia pode ser feita na sede do Procon Natal, localizada na Rua Ulisses Caldas, 181 – Cidade Alta – Natal/RN, apresentando nota fiscal ou pelo e-mail, procon.natal@natal.rn.gov.br.

Deu em G1/RN

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista