A partir de maio de 2025, uma nova regulamentação passou a valer em todo o Brasil sobre o uso de películas nos vidros dos veículos, o famoso insulfilm, e também sobre as condições do para-brisa.

De acordo com a Resolução CONTRAN nº 960/2022, motoristas que não respeitarem os novos limites podem ser multados em R$ 195,23 e ainda receber 5 pontos na carteira de habilitação, além da possível retenção do veículo para regularização.

A medida tem como foco principal a segurança no trânsito, garantindo maior visibilidade ao condutor e prevenindo acidentes.

A norma, que entrou em vigor em maio de 2025, consolida e atualiza diversas regras que antes estavam dispersas, promovendo clareza e padronização para condutores, despachantes e agentes de fiscalização.

Conforme o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), a resolução estabelece critérios rigorosos para a aplicação das películas, transparência mínima dos vidros, tolerância para trincas no para-brisa e a proibição de películas refletivas, além de exigir a chancela oficial nas películas permitidas.

Limites para trincas no para-brisa são um dos pontos mais importantes da nova regra.

Trincas ou rachaduras no vidro dianteiro podem comprometer significativamente a segurança, principalmente nas áreas críticas de visão do motorista.

De acordo com a resolução, nas faixas de 2,5 cm das bordas superior, inferior e laterais do para-brisa, qualquer tipo de trinca está expressamente proibida.

Já na área central da visão do condutor, não é permitido qualquer dano que prejudique a visibilidade.

No entanto, a norma admite tolerâncias técnicas para certos tipos de avarias.

São permitidas até duas trincas lineares de até 10 cm cada e fraturas circulares, como o “olho de boi” ou “estrela”, desde que não ultrapassem 4 cm de diâmetro.

Danos localizados fora das áreas críticas são tolerados, desde que não prejudiquem a segurança e a visão do motorista.

Caso o veículo apresente trincas ou rachaduras acima desses limites, o condutor incorre em infração grave, prevista no artigo 230, inciso XVI do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Além da multa, o motorista terá 5 pontos adicionados à sua CNH e o veículo poderá ser retido até que a situação seja regularizada.

Quanto ao insulfilm, o que mudou?

A nova resolução também define com clareza a transparência mínima que as películas devem respeitar para garantir a passagem de luz adequada e evitar riscos no trânsito.

Para o para-brisa e os vidros laterais dianteiros, a transmitância luminosa mínima permitida é de 70%.

Já para os vidros laterais traseiros e o vidro traseiro, a transparência mínima é de 28%.

Outro ponto fundamental é a exigência da chancela indelével, um selo visível no lado externo da película que indica o percentual de transmissão luminosa.

Películas com efeito espelhado ou que causem reflexos são proibidas, pois podem confundir outros motoristas e pedestres.

Além disso, as películas com bolhas nas áreas críticas de visão também são consideradas irregulares, podendo gerar multas e retenção do veículo.

A fiscalização se tornou mais rigorosa e tecnológica.

Agentes de trânsito utilizam equipamentos que medem a transmitância luminosa do vidro com a película, além de inspeções visuais para verificar a presença da chancela, bolhas ou reflexos irregulares.

Conforme especialistas, esse controle evita abusos no uso de películas muito escuras, que dificultam a visão e aumentam o risco de acidentes, principalmente à noite.

Em blitz ou operações de rotina, os motoristas flagrados com irregularidades recebem multa e pontos na carteira, além da retenção do veículo até que o problema seja resolvido.

Como evitar problemas com a nova regra?

Antes de aplicar insulfilm, é essencial verificar se a película possui certificação oficial e a chancela visível.

Evitar películas muito escuras, mesmo nos vidros traseiros, é uma medida recomendada para não correr riscos.

Consultar uma empresa ou profissional especializado pode garantir que a aplicação esteja dentro das normas vigentes.

Quanto ao para-brisa, é importante realizar inspeções frequentes para detectar trincas e rachaduras.

Em caso de danos que ultrapassem os limites permitidos, o ideal é providenciar a substituição ou o reparo imediatamente.

Manter os limpadores de para-brisa em bom estado e usá-los regularmente ajuda a preservar a integridade do vidro e a segurança na condução, principalmente em dias de chuva.

Por que essa atualização na legislação é tão importante?

Segundo especialistas em segurança no trânsito, a visibilidade do motorista é um dos fatores mais críticos para evitar acidentes.

Películas inadequadas e para-brisas danificados podem limitar a visão, dificultar a percepção de obstáculos e prejudicar a reação em situações de emergência.

Com a nova regulamentação, espera-se reduzir acidentes causados por má visibilidade, aumentando a proteção dos ocupantes dos veículos e dos pedestres.

Além disso, a unificação das normas traz mais transparência para motoristas e facilita a fiscalização, garantindo que as regras sejam aplicadas de forma uniforme em todo o país.

Deu em CPG