Política 20/05/2025 07:43
Moraes adverte general em audiência sobre tentativa de golpe. Militar negou ter ameaçado voz de prisão para Bolsonaro
O general Marco Antônio Freire Gomes foi advertido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (19), durante audiência que ouviu testemunhas do “núcleo 1” da ação penal que investiga a tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
O militar foi questionado se omitiu, em depoimento à Polícia Federal (PF), a afirmação de que o almirante Almir Garnier teria se colocado “à disposição” de Jair Bolsonaro durante reunião que discutiu medidas jurídicas para interromper a transição presidencial, segundo informou a Agência Brasil.
Moraes questionou o general: “O senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui?”.
Freire Gomes respondeu que, “em 50 anos de Exército, jamais mentiria”, e esclareceu que Garnier disse estar “com o presidente”, mas que não caberia a ele interpretar a intenção da fala.
O militar também negou ter ameaçado prender Bolsonaro durante o encontro, conforme rumores.
“Não aconteceu isso [voz de prisão], de forma alguma. Eu alertei ao presidente que, se ele saísse dos aspectos jurídicos, além de não concordarmos, ele seria implicado” , afirmou.
A audiência teve momentos de conflito quando o advogado Eumar Novak, que defende o ex-ministro Anderson Torres, insistiu em questionamentos repetidos sobre a participação de seu cliente em reuniões.
Moraes interrompeu: “Não estamos aqui para fazer circo. Não vou permitir que Vossa Excelência faça circo no meu tribunal”, relata a Agência Brasil.
Neste primeiro dia da audiência também foram ouvidas as testemunhas: Éder Lindsay Magalhães Balbino, Clebson Ferreira de Paula Vieira, Adiel Pereira Alcântara e Marco Antônio Freire Gomes, todas ligadas ao grupo chamado “Núcleo 1”.
O depoimento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que aconteceria nesta segunda-feira, foi dispensado por Gonet e pela defesa responsável por sua indicação.
Até 2 de junho, o STF ouvirá 82 testemunhas do caso.
Na quarta-feira (21), será a vez do ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior.
Após essa fase, Bolsonaro e os outros sete réus do núcleo 1, incluindo o almirante Garnier, o ex-ministro Augusto Heleno e o ex-ajudante Mauro Cid, serão interrogados.
Eles são acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.
Deu em IG
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