Na sexta-feira (16), os Estados Unidos aprovaram o primeiro exame de sangue para Alzheimer. Esse teste pode ajudar pacientes a começarem o tratamento mais cedo e com medicamentos recém aprovados que têm como objetivo desacelerar a progressão da doença.
Desenvolvido pela Fujirebio Dagnostics, o exame mede a proporção de duas proteínas no sangue. Essa proporção está relacionada às placas amiloides do cérebro. Estas atrapalham a comunicação entre os neurônios e podem causar a deterioração da função cerebral.
As placas interferem na comunicação entre os neurônios e podem levar à deterioração da função cerebral. A formação de placas amiloides é um dos principais marcadores da doença de Alzheimer. Atualmente, a detecção da doença é feita somente por varreduras cerebrais ou análises do fluído espinhal.
“A doença de Alzheimer impacta pessoas demais, mais do que os cânceres de mama e próstata juntos”, disse Marty Makary, Delegado da Food and Drug Administration (FDA), agência federal dos Estados Unidos, à AFP.
A partir da aprovação, o exame da Fujirebio Dagnostics pode ser usado em clínicas para pacientes que dão sinais de declínio cognitivo, e os resultados devem ser interpretados junto a outras informações clínicas.
Outras opções
No momento, há dois outros tratamentos para Alzheimer aprovados pela FDA:
1) Os medicamentos lecanemab e donanemab, que acertam a placa amiloide. Os remédios têm mostrado resultados modestos na desaceleração do declínio cognitivo, mas não curam a doença.
2) Já as terapias com anticorpos intravenosos oferecem alguns meses de independência aos pacientes e têm mais chances de serem efetivas se adotadas no início do ciclo da doença.
Deu em Galileu