* E as alterações? Como entender a saída de Vitinho, que fazia bom jogo, para entrar Mateo Ponte? É obrigatório trocar lateral em toda partida? Por que só faz substituições depois dos 15 minutos do segundo tempo? E o Elias Manoel, que tem quatro jogos pelo Botafogo, sendo três deles na Libertadores fora de casa?
* Será que Renato Paiva finalmente aprendeu que é melhor o time sem Patrick de Paula em uma trinca de volantes? Ou, no mínimo, menos pior. Talvez não. Daqui a pouco ele reaparece com PK titular do nada.
* Como fez com Newton. Que nem jogava e parecia estar no fim da fila, entrou sem ritmo contra o Bahia e foi mal. Danilo Barbosa e Allan sequer entraram naquele jogo, o segundo foi acionado e foi útil diante do Carabobo. Capaz de não ter mais chances.
* Essa salada tática, essa bagunça, com jogadores fora de suas posições, lembra inclusive Tiago Nunes, péssimo treinador demitido pelo Botafogo no início de 2024.
* Não há muito o que justificar: com o time que entrou em campo, o Botafogo tinha obrigação de ganhar bem do Carabobo. E não adianta o treinador vir com muletas na entrevista coletiva, como “o Carabobo só perdeu para o Botafogo nos últimos jogos”, “a vitória foi justa” ou “o time cria e sofre para fechar o jogo”. O Botafogo criou muito pouco contra o Carabobo e, se houvesse justiça no futebol, não sairia com os três pontos.
* Nós queremos apoiar Renato Paiva. Primeiro porque entendemos que pegou um time em má fase, ainda em reformulação, com reforços para chegar e com jogadores lesionados para retornar. Segundo porque já imaginou se o Botafogo tiver que voltar ao mercado atrás de treinador? Levou três meses e contratou Renato Paiva, imagina o próximo. Mas está difícil acreditar no treinador português.
* Cabe ao técnico reverter sua própria situação, que é ruim mesmo tendo ganho três dos quatro últimos jogos. Passa um pouco pela postura. Renato Paiva não transmite confiança ou segurança, chega falando “que é uma final para o Carabobo”, valoriza em excesso seus adversários e não mostra um estilo vibrante, competitivo e vencedor (o que era mérito de Artur Jorge e de Luís Castro). O time em campo vira um reflexo dessa falta de ambição, fica insosso e não acelera o ritmo.
* Menos mal que o Botafogo segue sobrevivendo esportivamente e resistindo mesmo em meio a esse período turbulento. Praticamente se classificou na Copa do Brasil, está bem vivo na Libertadores e no meio da tabela do Campeonato Brasileiro. A impressão é que sobrevive apesar de Renato Paiva. De novo, cabe ao treinador mudar a percepção geral sobre ele.